Muito difícil engolir a perda do título da Série Ouro.
Sem a ACBF pelo caminho e o Atlântico descontado sem o seu principal atleta, nos dois jogos derradeiros, tudo levava a crer que 2014 seria o ano da Assoeva.
Era a grande oportunidade para ser quebrado um tabu que se arrasta há anos no esporte de Venâncio Aires.
O time de Malafaia fez uma de suas melhores apresentações no primeiro jogo da final, quando venceu com autoridade e levou a vantagem de poder empatar em Erechim.
Antes de iniciar o segundo jogo, no Caldeirão do Galo, a equipe amarela entrou em quadra junto com uma cidade inteira, esperançosa numa conquista inédita.
O time fez um primeiro tempo ruim e sofreu um gol. No segundo tempo, houve uma melhora, mas a Assoeva parou num goleiro inspirado.
Com isso, o Atlântico reverteu a vantagem de poder jogar pelo empate na prorrogação.
Malafaia arriscou a entrada do goleiro-linha e, inevitavelmente, o time precisou se expor.
Num único erro, o time pagou o preço e sofreu mais um gol.
A pressão se manteve até os últimos segundos, quando Tiaguinho ainda igualou o tempo extra, mas o resultado servia ao time de Erechim.
Com a derrota, a terceira em três finais de Série Ouro, o abatimento é inevitável.
No entanto, não será pelo motivo de ter perdido mais um título, e no detalhe, que tudo está errado.
Será necessário repensar alguns deslizes pontuais e seguir com o planejamento.
O fato de decidir o título em casa e ter a vantagem de jogar pelo empate na prorrogação pesa muito.
Quem sabe aí está a meta para 2015: finalizar o Gauchão na liderança poderá ser um passo crucial para acabar de uma vez por todas com este terrível estigma de vice-campeão, impregnado no esporte de Venâncio há tantos anos.