Há uma semana opinei sobre a derrota colorada no jogo de ida, em Curitiba. Fui até mal compreendido ao comentar sobre a “postura de vice-campeão”. Derrota por 1 x 0 e desempenho de um time que não convencia, que não merecia o título da Copa do Brasil. O Beira-Rio seria o remédio para todos os problemas. Contudo, uma final é diferente. Não se entra em campo com o resultado feito, é preciso que haja aplicação, boas jogadas, triangulações envolventes e gols.
Mais uma vez não aconteceu e a experiente equipe colorada sucumbiu. Desfalcado de seu principal articulador, o time até atacou, mas com pressa e de forma desorganizada. No segundo tempo teve o agravante de seu técnico, que, em vez de simplificar, tentou inventar. A saída de Patrick no intervalo, Edenilson recuado à lateral e Rafael Sobis no meio-campo foram os erros capitais. Por último, a entrada do limitado Paredes completou as mudanças malsucedidas.
O título nacional é adiado outra vez no lado vermelho. Cumprimentemos o Atlhetico Paranaense, merecedor dessa conquista. O técnico gaúcho Tiago Nunes tem seu trabalho coroado com um desempenho memorável ao eliminar Flamengo, Grêmio e Inter com simplicidade, comportamento exemplar de um grupo pouco badalado, no entanto convincente.