Não era por nada que foi dito que a delação de 78 executivos da Odebrecht seria a ‘delação do fim do mundo’. Só na primeira ‘tacada’ do relator da Lava a Jato no STF, Edson Fachin, foram autorizados 76 inquéritos com 98 políticos, de governo e oposição, denunciados por receber dinheiro de propina. Na lista 39 dos 513 deputados federais, 24 dos 81 senadores, oito ministros do governo Temer, três governadores, ex-ministros de Lula e Dilma.E, todos os ex-presidentes desde e redemocratização do país; José Sarney, Collor de Mello, Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma e Temer, são citados como beneficiários de dinheiro de propina em campanhas. Lula ainda é citado por Marcelo Odenbrecht como recebedor de R$ 13 milhões em dinheiro vivo, depois de ter deixado o governo. Talvez escavando o sitio…Cinco gaúchos estão citados neste pacote de Fachin, o ministro Eliseu Padilha (PMDB) e o deputado federal Marco Maia (PT), acusados de receber propina com comissão em ações e obras do governo. A hoje deputada Yeda Crusius (PSDB) é acusada de receber R$ 1,7 milhão da Odebrecht para campanhas ao governo do estado. Os deputados Maria do Rosário e Onix Lorenzoni (DEM) são denunciados por terem recebido dinheiro do departamento de propina da Odebrecht para suas campanhas. Todos denunciados negam irregularidades. Muitos acusam Fachin de ser ligado ao PT e MST e estar arrastando todo mundo pra vala comum da corrupção turbinada nos governos Lula e Dilma.O que fica claro é que políticos do governo e oposição criaram uma forma de estornar dinheiro público para financiar suas campanhas, se não para enriquecer junto. O esquema consistia em superfaturar obras do governo e repassar dinheiro para os políticos. Só na Petrobras o cálculo do prejuízo é de R$ 5,6 bilhões que foi desviado. Imagine-se em todas as obras do governo.E quando o juiz Sérgio Morto diz que a Lava Jato está no meio do caminho, não se pode imaginar, (ou pode?), onde isso vai parar.O Brasil mostra ao mundo o maior esquema de corrupção de dinheiro público que já existiu. Que o Ministério Público e a Justiça consigam punir os envolvidos, recuperar o dinheiro, para que o Brasil possa recomeçar mais honesto, decente e ético. E isso passa pela sociedade, aliás, diria que começa por ela, pois é da sociedade que saíram todos estes políticos, mentores e envolvidos, na corrupção como nunca antes tinha se visto antes.