Nos dias de visita do Papa Francisco me impressionaram os números divulgados sobre fiéis nas igrejas do Brasil. Os católicos diminuíram de 73,6% da população em 2000 para 64,6% em 2010, conforme o censo do IBGE. Quase 10% em dez anos. Já os evangélicos pentecostais, aqueles que cobram o dízimo (10% de tudo que os fiéis ganham), aumentaram no mesmo período de 15,4% para 22,2% da população. Um fenômeno.Pelo censo, são 125 milhões de católicos no Brasil, que ainda é o maior país católico do mundo. Os evangélicos pentecostais já são 42 milhões de brasileiros. Outros 8%, ou 15 milhões, declararam para o IBGE não ter religião.Para me identificar neste universo, sou evangélico luterano, que paga anuidade e não dízimo. Aliás, foi por revolta de Martin Luter contra a cobrança do dízimo pela igreja católica, que ele criou a Igreja Evangélica Luterana. Hoje a cobrança do dízimo, como mostram os números, é bem vinda novamente.Mas entendo que o crescimento galopante das igrejas pentecostais tem uma grande fundamentação e que inquieta a igreja católica, como disse o Papa Francisco na sua visita ao Brasil, que os pastores pentecostais são bem preparados e estão presentes na vida dos fiéis que arrebanham, enquanto a igreja católica se comunica por documentos com os seus fiéis.Nesta semana o novo arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, também franciscano como o papa, disse que os padres precisam ter ‘cheiro de ovelhas”, se referindo a necessidade dos sacerdotes se aproximarem dos fiéis.
Sérgio Klafke
A força das igrejas
Nos dias de visita do Papa Francisco me impressionaram os números divulgados sobre fiéis nas igrejas do Brasil. Os católicos diminuíram de 73,6% da população em 2000 para 64,6% em 2010, conforme o censo do IBGE. Quase 10% em dez anos. Já os evangélicos pentecostais, aqueles que cobram o dízimo (10% de tudo que os […]
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