A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) defende a modernização da legislação trabalhista brasileira que inclua, entre outros itens, a valorização dos acordos entre empregadores e empregados. “Esse é o ponto

fundamental. Se tivermos uma negociação bem feita entre as duas partes, ela tem que ser respeitada no âmbito Judiciário”, diz o presidente em exercício da Fiergs, Paulo Vanzetto Garcia, depois de uma manifestação de Centrais Sindicais que ocorreu em frente à sede da entidade na terça-feira, em Porto Alegre. Garcia afirma que a manifestação das Centrais Sindicais é livre. Mas a Fiergs também tem o direito de expor o seu posicionamento, como ocorreu com a colocação de um painel de 12 metros de altura em frente ao portão de acesso à sua sede. “Nossa ideia é divulgar a forma que pensamos, e o mais importante, até para os próprios manifestantes saberem qual a posição da indústria. A nossa posição é muito clara, é a favor do emprego, ou seja, queremos gerar mais empregos. Nossa legislação tem mais de 70 anos e precisa ser mexida, não há como não atualizar”, enfatiza Garcia. Segundo o presidente em exercício da Fiergs, o País tem uma legislação trabalhista que leva anualmente 3 milhões de processos à Justiça do Trabalho. “O Brasil não suporta mais pagar um custo tão alto por leis tão subjetivas, que dão margem a várias interpretações. Precisamos falar sobre legislação trabalhista, como melhorar e simplificar o emprego, este é um ponto fundamental”, conclui.
Texto do painel: Os mais de 11 milhões de desempregados do setor privado certamente gostariamda modernização das Leis Trabalhistas, pois seriam criadas novas vagas nas empresas.Conservadores são os que, já empregados e com estabilidade,desejam a perpetuação da CLT feita no distante ano de 1943.Cumpre escolher: passado ou futuro? Desemprego ou mais empregos?