Em nota da coluna na semana que passou, fiz referência a apelação da nova novela da Globo, Babilônia, que é uma escola de safadeza e traições de toda natureza, – que muitas famílias resolveram não assistir – além de colocar, como nunca fizera antes, a questão gay, tanto de homens como de mulheres. As quase centenárias Fernanda Montenegro e Nathália Timberg formam um casal gay na novela e isso chocou e gerou polêmica, bem o que a Globo, com baixa audiência na novela anterior, queria com a nova novela.Sem problemas de preconceitos, sejam quais forem, citei duas palavras, que foram inadequadas e que não retrataram o meu sentimento com relação às atrizes (“fim da picada” e “ridiculo”) e isso gerou uma reação forte nas redes sociais de quem é ou defende o homosexualismo, um direito legítimo, assim como não ser e nem defender, também o é.Recebi por e-mail manifestação de Luís Gustavo Weiler, de Porto Alegre, se identificando pelo Nuances – grupo pela livre expressão sexual, cuja nota de contestação publico, democraticamente, como tenho agido sempre neste espaço.

“Não é que tenhamos vindo para ficar: é que sempre estivemos aquiE beijamos com o mesmo fervor ou indiferença que qualquer! Então aceitar casal guei ou lésbico só porque se comporta é o mesmo que dizer que vc não tem preconceito, pois inclusive vc tem um amigo guei. Não há outra palavra senão ‘palhaçada’ para explicar o frisson que sacudia a mídia e, logo, a população que assiste a Novela Brasileira, quando chegava o tempo do beijo guei. Ora, deveria ser proibido, como certamente seria pelo censor dos anos 70? Ou deveria ser um selinho, vá lá? E que fim teriam as envolvidas, mulheres ou homens: queimadas, explodidas, talvez apenas abandonadas? Enquanto faziam esses discursos, censores, pais e mães de família, muitos e muitas, certamente estavam tendo cosquinhas no cérebro imaginando-se num muito mais que ósculo, mas engolidos. Só que agora não há mais desculpas para o beijo ser contido… Você pode!”