Afonso Motta é advogado e empresário, que deixou o Grupo RBS, onde foi vice-presidente, e negócios de família, para se ‘meter’ na política. Pelo PDT foi candidato a deputado federal em 2010 com apoio de um prefeito. Fez 70 mil votos e ficou na suplência. Convidado pelo governador Tarso Genro, assumiu o Gabinete dos Prefeitos, pasta onde teve contato com todos os prefeitos gaúchos. Amigo do prefeito Airton Artus, Motta sempre foi a melhor ligação dele com o Piratini. Determinado a concorrer novamente, agora com apoio de 35 prefeitos, ele deixou o governo quando o PDT se afastou da coligação para ter candidatura de Vieira da Cunha ao Piratini.Nesta semana Afonso Motta esteve em Venâncio, na reunião do PDT. Veio tomar um chimarrão aqui na redação da Folha a tardinha, na quinta-feira. Perguntei porque na sua posição de executivo empresarial de sucesso resolveu se envolver na política. Me respondeu que sempre ouviu falar que na vida pública tudo é lento, difícil e improdutivo e que quis comprovar isso. E realmente é, completou. “Mas se não nos envolvermos para mudar este quadro, o setor público vai continuar como está”, avalia.Diz-se que são poucos os homens e mulheres competentes, coerentes e capacitados que se envolvem na política, pois a maioria é dos que não deram certo na iniciativa privada e vão buscar na vida pública um lugar sem as mesmas cobranças.Concordo com o Motta, que visita o Folha Cidadania hoje em Linha 17 de Junho.

Este quadro só mudará quando os bons abraçarem a causa de fazer na vida pública o que fazem na iniciativa privada, com sucesso, no Brasil.

Foto: Alvaro Pegoraro / Folha do MateAfonso Motta esteve na redação da Folha com o prefeito Airton Artus, a vereadora Ana Claudia e o secretário da Administração Leandro Pitsch
Afonso Motta esteve na redação da Folha com o prefeito Airton Artus, a vereadora Ana Claudia e o secretário da Administração Leandro Pitsch