O fato político do final de semana, o primeiro do recesso do do STF, foi a manobra frustrada de soltar Lula. O desembargador federal do TRF-4 em Porto Alegre, Rogério Favreto, ao assumir como plantonista de final de semana na sexta-feira, pela primeira vez desde que Lula está preso, recebeu meia hora depois pedido dos deputados petistas Paulo Pimenta (RS) e Wadih Damous (RJ) pela soltura de Lula. No domingo pela manhã Favreto determinou a soltura. Começava uma ‘guerra judicial’. O juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, mesmo em férias, disse que o desembargador plantonista não tinha competência para mandar soltar Lula. Favreto emitiu novo despacho mandando soltar Lula imediatamente. Dai o desembargador do TRF-4 Gebran Neto, relator do processo que condenou Lula, determinou que não fosse cumprida a decisão de Favreto, que voltou a determinar a soltura. No final do domingo o presidente do TRF-4, desembargador Thompson Flores, decidiu manter a prisão, afirmando que não cabe ao magistrado de plantão decidir sobre o pedido de habeas corpus de Lula, que fora negado pelo STF.Em Venâncio teve foguetório na tarde de domingo, comemorando a decisão de Favreto, que foi uma ação orquestrada. O desembargador Rogério Favreto foi filiado ao PT por 20 anos, foi Procurador Jurídico de Tarso Genro na Prefeitura de Porto Alegre. Em 2005 foi pra Casa Civil com Lula, depois trabalhou com Tarso Genro no Ministério da Justiça, antes de ser nomeado Desembargador por Dilma em 2011, transformando um advogado em magistrado no ‘canetaço’, como Lula fez com Dias Toffoli.
Sérgio Klafke
A tentativa de soltar Lula
O fato político do final de semana, o primeiro do recesso do do STF, foi a manobra frustrada de soltar Lula. O desembargador federal do TRF-4 em Porto Alegre, Rogério Favreto, ao assumir como plantonista de final de semana na sexta-feira, pela primeira vez desde que Lula está preso, recebeu meia hora depois pedido dos […]
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