Reportagem na edição de ontem com o empresário Walter Bergamaschi, da Venax Eletrodomésticos, mostra as dificuldades da indústria, não só no Brasil mas no mundo, de competir com a China, que traçou como estratégia ser a fábrica do mundo.

Bergamaschi acusa a carga tributária brasileira como um dos principais fatores de falta de competitividade da indústria nacional diante dos chineses. Ele exemplifica que fabrica produtos que pagam 52% de imposto. Se sobram 48% de valor para o produto, na verdade estou pagando 110% sobre o valor deste produto em impostos, exercita o empresário.

Mas a sua preocupação também é do Brasil estar vendendo comodities, produtos in natura, como soja, milho, tabaco e sinalizando carne e até erva-mate. Ele prega que deve ser agregado valor a estes produtos para então serem comercializados. Não podemos tolerar que vendemos milho e voltem da China suportes de panela feitos de palha de milho vendido pelo Brasil, justifica ele, mostrando um exemplar.

Equacionar a situação levantada por Berqamaschi, é o grande desafio, não só dele, mas te todo o planeta.

O industrial mostrou alguns encartes de redes de lojas. Um deles, que foi encartado na Folha, tem 80% dos produtos anunciados fabricados na China. Outros dois de circulação estadual e nacional tem 100% dos produtos anunciados fabricados na China. Preocupante.