Mobilização liderada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) em parceria com as Regionais Sindicais e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais do Estado (STR), reuniu 10 mil pessoas em Santa Cruz do Sul na terça-feira, contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo Temer, prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 que tramita no Congresso.As lideranças sindicais são ligadas ao PSB e tem representação. O deputado federal Heitor Schuch foi presidente do STR de Santa Cruz. O deputado estadual Elton Weber foi presidente do STR de Nova Petrópolis. A vereadora Sandra Wagner, é secretária do STR de Venâncio. Todos estiveram presentes. “Vamos lutar com força, porque se não fossem os colonos irem pra roça no sábado, domingo e feriado, o povo da cidade não ia comer”, defendeu Schuch. “Precisamos mexer nos que recebem grandes salários, não nos agricultores e trabalhadores que se aposentam com um salário mínimo”, citou Weber. “Nós só queremos que o Governo cumpra o que está na Constituição. Também queremos que ele cumpra a parte da contribuição, para que ela continue sobre o valor da produção e não como está proposta na PEC”, emendou Sandra, que se envolveu diretamente na mobilização em Venâncio, que levou 20 ônibus com 1.000 agricultores para participar do protesto.
No dia 8 de março, em Mato Leitão na comemoração ao Dia da Mulher, haverá uma nova manifestação contra a PEC 287/2016 organizada pelos STR’s.A principal reivindicação de lideranças e agricultores é a mudança da idade de aposentadoria para 65 anos. Hoje agricultores se aposentam aos 60 anos e mulheres aos 55, recebendo um salário mínimo. Reivindicação que entendo justa, pois trabalhar na lavoura até os 65 anos é pra poucos. A maioria não aguenta. Entendo que a aposentadoria urbana precisa rever idade, pois é comum ver pessoas com menos de 50 anos, na ‘flor da idade’, se aposentando, legalmente, pois a Lei exige 30 anos de contribuição para mulheres e 35 anos para homens.Com relação ao agricultor ouvi uma posição com a qual concordo; todos tem direito a um salário mínimo, mas os produtores que comprovarem pelo talão de produtor renda, teriam direito a aposentadoria maior. Isso faria muito produtor deixar de vender ‘’frio’ um porquinho, um boizinho, umas galinhas, o feijão, o milho, etc etc, como sabemos que acontece. Cresceria a receita de tributos e o produtor rural poderia receber mais de um salário de aposentadoria.