O prefeito Airton Artus tem sido enigmático ao demonstrar insatisfação com o andamento de alguns setores do governo municipal. Seguidamente fala que vai realinhar seu governo no início do próximo ano. Pelos indicativos, vem ai mudanças em secretarias e outros cargos. Artus tem se queixado que tem uma parte do governo que ‘arregaça as mangas’ e trabalha muito, mas que tem outra parte que não pega junto como ele quer.Reeleito, Artus sabe que deixa o governo no final de 2016 e isso lhe dá a liberdade que governos em primeiro mandato não tem, de implantar mudanças pretendidas, mesmo a custo de dissabores. Com orçamentos mais ‘gordos’ previstos para os três anos que tem para governar, ele quer deixar marcas importantes na comunidade nesta passagem de oito anos a frente da Prefeitura.Tenho percebido ruídos entre PDT e PT. Presenciei a primeira conversa desta aliança, lá em maio de 2008, entre Airton Artus (PDT) e Cândido Faleiro (PT). Evoluiu, venceu a eleição daquele ano e reelegeu em 2012. Mas as ‘queixas’ são de parte a parte.Para a eleição de 2016, o acordado entre PDT e PT é que Giovane Wickert seja o candidato a prefeito, com um vice do PDT. E três nomes tomaram a frente nesta disputa interna. O presidente da Câmara, Telmo Kist; a vereadora Ana Claudia do Amaral Teixeira, que assumiu a secretaria Geral de Governo e o vereador mais votado nas urnas, Jarbas da Rosa.Não é arriscado prever que, dependendo das mudanças que devem acontecer em março, e se não houver algum movimento para superar divergências e recompor um melhor entendimento entre as partes, este acordo pode não se confirmar.
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