Na quarta-feira, em audiência pública na Câmara de Vereadores, foi apresentado o balanço do quatro trimestre de 2016 e fechamento das contas do prefeito Airton Artus (PDT). O relatório emitido pela coordenadora do Controle Interno, Juliana Marcuzzo, aponta que faltaram R$ 3,2 milhões de receita para fechar o exercício. E que foi de R$ 4,5 milhões o volume de restos a pagar deixados para o novo governo.
Airton Artus participou da audiência e destaca que pelo orçamento de 2016, como foi apontado no relatório, estava prevista a antecipação da cobrança de IPTU, com projeção de arrecadação de R$ 5 milhões, o que teria fechado as contas e teria deixado o novo governo numa situação bem melhor. Ele lamenta que a Câmara de Vereadores, depois da eleição, vencida pela oposição, rejeitou o projeto de antecipação do IPTU, impedindo o fechamento de contas.Artus esteve na Folha ontem para entregar uma cópia do relatório. Ele tem a preocupação de deixar clara esta situação para que não seja passada para a comunidade as ideia de deixou a prefeitura com déficit de R$ 40,5 milhões como foi divulgado pelo novo governo. Ele separa o que foi 2016 , no seu governo, mostrado no relatório e o orçamento de 2017 gerido pelo novo prefeito, Giovane Wickert (PSB), que prevê déficit de R$ 13,8 milhões e exigirá medidas de contenção, como está acontecendo.
FuturoRetomando as atividades médicas na sua clinica de medicina do trabalho, Airton projeta criar um Centro de Estudos Políticos suprapartidário para pensar projetos que possam ajudar Venâncio Aires a se desenvolver cada vez mais. Ele também avalia concorrer a deputado estadual em 2018 e tem feito visitas neste sentido, como nesta semana, quando esteve em Candelária e recebeu apoio. O ex-prefeito projeta que para se eleger precisará de 35 mil votos no PDT. De 45 mil votos válidos, projeta que seria necessário ter 25 mil votos em Venâncio – ele fez 27.154 votos para se reeleger prefeito em 2012 – e mais 10 mil votos na região, números que entende são possíveis para que o município volte a ter representação própria na Assembleia Legislativa, o que não tem desde a legislatura 1996/1998 com Gleno Scherer (PMDB). Faz 20 anos.