A Câmara de Vereadores rejeitou na segunda-feira o projeto quer estabelece os valores do IPTU para 2017 e a antecipação do pagamento em cota única com desconto de 15%. O prefeito Airton Artus (PDT) sofreu sua pior derrota em oito anos de dois governos no legislativo. Ficou com quatro votos apenas pela aprovação do projeto. Jarbas da Rosa, Ana Claudia, João Sthal e Hélio Artus foram fiéis. Cleiva Heck e Neri da Silveira, vereadores do PDT, que não se reelegeram, votaram contra a proposta do prefeito, acompanhando a oposição, composta pelo PTB de Celso Krämer e Arnildo Câmara; PT de Vilson Gauer e Cândido Faleiro; PP de Duda Kappel; PSD de Telmo Kist, mais o PMDB, que era da base aliada do governo, mas votou contra, com Helena da Rosa e Rudemar Glier. Foram dez votos contra e quatro a favor.O duro golpe da oposição vai deixar o prefeito Airton em situação quase impossível de fechar as contas do exercício o que vai lhe trazer complicações administrativas e políticas futuras. O argumento da oposição na Câmara, liderada pelo vice-prefeito eleito, vereador Celso Krämer (PTB), é de que o projeto anteciparia receita do próximo governo, do prefeito Giovane Wickert (PSB), que é o atual vice-prefeito.Com a decisão, caberá a Giovane fazer o projeto do IPTU em janeiro. Isso vai suscitar outra situação. Giovane prometeu na campanha reduzir em 50% o IPTU nas sedes distritais e descontos de até 50% na cidade. Com projeto do atual governo, estaria desobrigado em 2017. Como a Câmara rejeitou o projeto do prefeito Airton, caberá a Giovane decidir como será o IPTU já em 2017, seus valores, descontos e prazos de cobrança.O IPTU – que gera R$ 14 milhões de receita – acabou virando uma guerra administrativa e política, entre o prefeito Airton e o seu vice Giovane, prefeito eleito, que impôs uma derrota ao prefeito nas urnas e outra agora na Câmara de Vereadores.