Na segunda-feira a juíza eleitoral Maria Beatriz Londero Madeira, expediu sentença considerando improcedente a representação da Coligação do 15, do candidato a prefeito Nilson Lehmen (PMDB), que pedia a cassação da candidatura da candidata a vereadora do PDT Ana Claudia, do prefeito Airton e do vice Giovane, denunciados por estarem trocando sacos de cimento por votos. A denúncia, uma semana antes da eleição, esquentou o clima político na cidade, quando cabos eleitorais do 15 se postaram no centro da cidade empunhando vassouras abanando sacos de cimento vazios, numa cena deprimente, logo coibida pela justiça eleitoral.

Na mesma semana os acusados se defenderam garantindo que era uma “armação” caluniosa. Fabiana Teresinha Machado Franco foi a pivô. Ela gravou conversa com a secretária do Desenvolvimento Social, Claidir Trindade, onde pedia sacos de cimento “meio escondido” e quis que Claidir dissesse que em troca deveria votar nos três acusados. E Fabiana gravou a conversa para servir como prova. Mas na gravação se comprovou o contrário; Claidir atendeu o pedido de Fabiana, – que acabou nem retirando os três sacos de cimento que pediu – e disse que isso não implicava em compromisso de votar nos citados candidatos. Uma atitude ética.

Fabiana é pessoa cadastrada no CRAS – Centro de Referência e Assistência Social e já foi beneficiada várias vezes com o programa, inclusive com uma casa popular. Ela, por conta de processos e condenações judiciais por estelionato, furto e lesões corporais, tem seu titulo suspenso e não poderia votar.

Na sentença consta também que o programa oficial, que permite a doação de material para pessoas carentes, foi criado em 2005, portanto no governo Almedo Dettenborn (PMDB). A justiça comprovou também que no período eleitoral não houve aumento de doações.

A juíza considerou armação por parte de Fabiana toda esta polêmica criada.

Uma pergunta fica no ar: Fabiana Franco fez isso por iniciativa própria? Ou teria sido orientada e usada como arma eleitoral? Neste caso, quem é o mandante, ou quem foi o brilhante marqueteiro político que arquitetou o patético plano frustrado?

O eleitor tem o direito de saber.