Parece ser chocante fazer a pergunta, diante de ações violentas dos militares para manter a ordem pública durante a ditadura militar dos anos 60, 70 e 80 no Brasil. Mas da forma como foi colocada, durante o depoimento do coronel paulista reformado, Carlos Alberto Brilhante Ustra, na Comissão da Verdade, ela faz refletir. A Comissão ouviu também o vereador do PV paulista, Gilberto Natalini, que disse ter sido torturado por Ustra e seus homens. Quando o presidente da Comissão, Cláudio Fonteles, perguntou à Ustra se aceitaria uma acareação com Natalini, o coronel disse que não faria acareação com um ‘terrorista’, e o tumulto se formou.

Ao responder perguntas, Ustra disse que a presidente Dilma Roussef e muitos outros integrantes do governos Lula e o atual, fez parte de grupos terroristas combatidos pelos militares e citou que se não fosse o regime militar, o Brasil seria hoje um país comunista pelas mãos soviéticas e cubanas, como Cuba, China e Coreia do Norte, que são os três exemplos ainda restantes do hoje fracassado regime, que era proposto no Brasil pelos opositores da ditadura. “éramos homens preparados para o combate, cumprindo ordens e não negamos que houveram mortes, mas não somos assassinos” disse o coronel.