O Congresso Nacional analisa propostas de legalização da produção e venda da maconha no país. Tanto a Câmara dos Deputados, como o Senado Federal analisam proposta nesse sentido. A legalização da maconha no Brasil movimentaria, ao ano, R$ 5,7 bilhões, com perspectiva de gerar uma arrecadação tributária de R$ 5 bilhões, segundo estudo elaborado por profissionais da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados, revelou reportagem de O Globo nesta semana.Com base em experiências internacionais e dados nacionais, a pesquisa estimou um público consumidor recreativo de cannabis de 2,7 milhões de pessoas no país. A projeção de receita considerou um mercado regulado, aos moldes do que fez o Uruguai, com limite máximo de compra de 40 gramas ao mês por usuário. No cenário traçado, os impostos cobrados do setor seriam os mesmos hoje aplicados à indústria do tabaco.Quer dizer: pensam em proibir o tabaco e liberar a maconha? Neste caso os produtores de tabaco do sul podem trocar uma cultura pela outra? Socorro, o mundo está ‘virando o fio’. Os dois ‘cigarros’ são viciantes e maléficos pra saúde. Mas quem fuma cigarro de tabaco continua produtivo, sem alterações de conduta.Com o título “Impacto Econômico da Legalização da Cannabis no Brasil”, o estudo estimou ainda que, além da arrecadação aos cofres públicos, haveria uma redução de R$ 997,3 milhões dos gastos anuais com o sistema prisional, depois que traficantes relacionados à maconha deixassem de ser encarcerados.O Uruguai está assustado com a iniciativa de Pepe Mugica, que conduziu a liberação da maconha lá. Viciados do Cone Sul migram para o ‘paraíso’ uruguaio.
Osmar Terra adverte para os riscosO deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), autor do PL 7663/2010, novo marco legal antidrogas aprovado na Câmara e em análise no Senado e que assumiu o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) no governo Michel Temer, critica a proposta: “Liberar a maconha é uma péssima ideia. Ela causa dependência, psicose, problemas graves de saúde a médio e longo prazo e retardo mental. é preciso limitar o consumo das drogas lícitas e não legalizar as ilícitas. Só a falta de informação sobre os danos que a maconha pode causar justificam a defesa da liberalização.” Terra alega que sob a ótica da saúde pública, a droga é uma epidemia. O parlamentar adverte: “Maconha não é uma droga leve. Poderia ser nos anos 1960, mas foi modificada geneticamente, com aumento de seu poder alucinógeno. A droga consumida no Brasil é produzida no Paraguai, chamada skunk, e tem 20 vezes mais substância ativa de 10 ou 15 anos atrás. Causa dependência em 50% dos adolescentes que fumam diariamente, e 10% ficam dependentes para o resto da vida. Não há cura. Pessoas fazem surtos esquizofrênicos para o resto da vida, comparados com aqueles que não usam”.Eis o quadro. Menos mal que existem os sensatos, como Terra.