Por Selvino Heck
Por aqui, por um lado, há os preparativos da viagem da presidenta Dilma para a Assembleia Geral da ONU, na última semana de setembro. Com os acontecimentos dos últimos dias – espionagem americana de atos do governo brasileiro e da Petrobrás – a tradicional abertura da Assembleia, com discurso do presidente do Brasil, agora a presidenta Dilma, adquiriu outros contornos. Inevitavelmente, o tema vai estar presente. Nesse meio tempo, não se sabe ainda se o encontro de Chefes de Estado, Dilma e Obama, previsto para outubro vai acontecer.
Por Claudio Humberto
Para contrabalançar o Selvino, a pedido de leitores, reproduzo nota da coluna Diários do Poder, do jornalista Claudio Humberto, também de Brasília.
Sai Joaquim
A expressão “está tudo dominado” tem sido muito utilizada por amigos e interlocutores do presidente do Supremo Tribunal federal, ministro Joaquim Barbosa, para recomendar, inclusive em mensagens para seu celular, que abandone a Corte em protesto contra os rumos do julgamento do mensalão, com tendência para rever sentenças e livrar da cadeia 11 réus na ação, entre os quais o ex-ministro José Dirceu.
Condenado por “chefiar a quadrilha do mensalão”, José Dirceu pode se livrar da pena por formação de quadrilha, e escapar do regime fechado. Observadores experientes do comportamento dos ministros do STF acham que o mais provável é que o placar pró-mensaleiros será 6×5.
Amigos querem que Joaquim faça mais do que Adauto Lúcio Cardoso em 1971, e explique, em rede nacional de rádio e TV, por que não ficaria no STF. Eles se referem ao episódio histórico em que Adauto Lúcio Cardoso, indignado com a decisão do STF de julgar constitucional a lei de censura prévia decretada pelo então ditador Emílio Garrastazzu Médici, ele se despiu da capa de ministro, jogou-a sobre a cadeira e saiu do recinto.