Os servidores públicos fizeram sua reivindicação de 8% mais vale refeição de R$ 80, na negociação com o governo municipal, pelo reajuste da categoria. Proposta igual a de outro sindicato, dos trabalhadores no tabaco. O governo inicialmente ofereceu reposição de inflação 5,82% parcelada. Uma assembleia dos servidores decidiu não aceitar a proposta e propôs greve. O governo melhorou a proposta oferecendo a reposição inflacionária mais ganho real de 1,2% somando 7,02% e vale refeição de R$ 100. Lideranças do movimento sindical quiseram manter a proposta de paralisação na segunda e terça, sinalizando que o componente político estava presente na questão.Na quinta-feira o presidente do Legislativo, Cândido Faleiro (PT) e outros vereadores, se reuniram com lideranças dos servidores e debateram o assunto. Na sexta foi realizada nova assembleia dos servidores. Na primeira foram 341. Nesta segunda foram 80 e eles aceitaram a proposta do governo, que agradava a maioria da classe, desistindo da greve. Uma decisão sensata, pois castigar a comunidade com uma paralisação seria muito ruim para as pessoas, mas pior ainda para a imagem dos servidores.O centro do confronto foi Odenir Guterres de Carvalho, servidor público, que foi presidente do Sindicato dos Servidores de Venâncio por muitos anos e agora é presidente da Federação dos Sindicatos de Servidores no RS. Política partidária foi o ingrediente complicador no episódio.