O Brasil viveu um domingo diferente, com a histórica sessão da Câmara dos Deputados, onde foi votada a instalação do processo de impeachment da Presidente Dilma Rouseff (PT), acusada de improbidades administrativas, conhecidas como pedaladas fiscais.Na véspera, a oposição já contabilizava entre 360 e 370 votos. No domingo fez 367, quando 342 eram suficientes. O governo, com Lula e Dilma a frente de negociações, anunciava ter 200 votos contrários. Blefou. Fez 137 no domingo. Precisava de 172.A Câmara dos Deputados, cheia de parlamentares corruptos, muitos sócios das falcatruas do governo, acabou retratando a vontade popular que está sendo medida por institutos de pesquisa pelo Brasil inteiro faz tempo. Dilma tem na casa dos 70% de rejeição. A reeleição de Dilma foi um ‘estelionato eleitoral’, pelas mentiras que pregou, iludindo milhões de eleitores. E foi isso que na realidade foi julgado no domingo. Os deputados representantes do povo corrigiram as urnas. Foram 72% dos parlamentares que votaram pela instalação do impeachment.Agora o processo vai para o Senado, onde precisa passar por uma comissão e depois pelo plenário, necessitando de 41 dos 81 votos. Se isso acontecer, Dilma é afastada por até 180 dias, e o vice Michel Temer assume o governo, período em que o Senado, sob presidência do Presidente do STF, Ricardo Lewandowski, julga a Presidente. Se tiver 54 dos 81 votos, ela é destituída em definitivo do poder. Se forem menos de 54, Dilma retoma a Presidência. 

A oposição ontem já tinha 46 votos. Outros 21 são contra 14 indecisos.