O prefeito Giovane Wickert (PSB) enviou na terça-feira ao Legislativo o projeto que estabelece as condições de pagamento para o IPTU 2017 oferecendo 5% de desconto, tanto para parcela única, dia 10 de março, como para quem parcelar em oito vezes e não tiver débitos com a prefeitura. A proposta gerou polêmica nas redes sociais. Ontem a tarde vereadores das bancadas do PDT, PMDB e PSC protocolaram um pedido na Câmara para que fosse respeitado o desconto de 10% para quem pagar em cota púnica conforme previsto no lei orçamentária aprovada ainda em 2016.Ontem a tardinha Giovane decretou que dará 10% de desconto para quem pagar em parcela única no dia 10 de março, além dos 5% previstos para quem não tem débitos com a Prefeitura.Na campanha eleitoral Giovane prometeu baixar o IPTU em até 50% e o fato é considerado como o trunfo que virou a eleição na reta final na cidade e a cobrança vem a galope. Wickert defende que 50% são para o interior por não considerar justo que seja igual a cidade, pela diferença de serviços. Na cidade o desconto seria progressivo de até 50% para contribuinte que atender normas ambientais, como passeio publico cuidado, composteiras, cisternas de armazenamento de água etc. Mas no ‘popular’ o entendimento foi de que o IPTU teria 50% de redução com Giovane prefeito.O imposto acabou virando confronto do prefeito Airton Artus (PDT) com o seu vice e prefeito eleito, Giovane Wickert (PSB), depois da eleição. Airton desde 2010 vinha antecipando a cobrança de IPTU com desconto de 10% para pagamento em cota única em dezembro, mais os 5% de bom pagador, para fechar contas do ano. E propôs isso novamente em 2016, mas não conseguiu. Giovane articulou, com Celso Krämer, na Câmara de Vereadores, para reprovar a proposta, pois considera que o IPTU 2017 é receita do seu governo, no que está certo. E conseguiu rejeitar o projeto.Para propor mudanças de tributação, é preciso o projeto ser aprovado no ano anterior. Assim, Giovane não pode propor para este ano a sua ideia de desconto de 50%, nem para o interior, o que só poderá propor para 2018. Mesmo com o decreto de ontem, que foi de bom senso do prefeito Giovane, o projeto original será analisado na Câmara e votado no dia 30. Giovane tem maioria e deve aprovar sem problemas. Será o primeiro grande teste para a bancada governista e para Ezequiel Sthal (PTB), afilhado político de Celso Krämer, escolhido líder do governo na Câmara. Ele terá que defender a proposta de Giovane e enfrentar o descontentamento da população que cobra os 50%.
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