Na conversa que tive pelo skype com o prefeito Airton Artus na sexta-feira, direto da China, para uma entrevista, ele revelava que a olhos vistos as coisas acontecem mais rápido naquele país asiático, para onde viajou a convite da estatal XCMG, uma das maiores fabricantes de máquinas pesadas do planeta. Artus está acompanhado de Angélico da Rocha, diretor da GRA, empresa recentemente instalada em Venâncio e que representa a XCMG no Sul do Brasil.
O segredo disse Airton são as decisões mais rápidas do governo e que são o grande entrave no Brasil. “Aqui se decide e começa a fazer uma obra no dia seguinte. No Brasil é preciso fazer intermináveis reuniões e passar por uma dúzia de órgãos para sair uma obra. Uma burocracia que emperra o país”, avalia.
Uma correta avaliação. Mas é preciso levar em conta os sistemas diferentes. Na China o Partido Comunista manda e não pede. Os demais só obedecem. Não tem oposição. As empresas são estatais. As coisas acontecem rápido, mas sem liberdade de contestação. No Brasil democrático as coisas são mais lentas, por uma burocracia que é exagerada sim, mas existe uma grande diferença. Na China uma pequena camada social manda e uma grande camada, de bilhões de pessoas, só obedece. E o sistema socialista Chinês é rígido. No Brasil vivemos com democracia e liberdade. O que é melhor?
