Levantamento divulgado pela ZH mostra que o Estado possui 2.557 escolas. Foram fechadas por terem poucos alunos 349 entre 2006 e 2011. Destas 212 estão abandonadas ou invadidas e 109 estão sendo usadas por comunidades para outras finalidades.Em Venâncio a reportagem da Folha abordou o assunto em março. Aqui são oito escolas estaduais desativadas por falta de alunos ou número insuficiente de alunos para manter a escola. Todas foram repassadas para as comunidades para uso em outras atividades. Clubes de Mães, Igrejas Pentecostais e outras atividades comunitárias funcionam nestas escolas. Uma delas, a José Tirelli, em Bela Vista, foi invadida para servir de moradia.O Estado, com o programa Otimizar, que será lançado no dia 30, vai acelerar a cessão ou venda destes bens públicos. Ceder para as comunidades como foi feito aqui, sim. Vender um terreno que foi doado por alguma família da comunidade seria injusto. Se a comunidade não aproveitar, que a área seja devolvida para a família que fez a doação da terra para a construção da escola. Que se venda em situações onde o Estado comprou área para construir escolas. O êxodo silenciosoA situação mostra que os tempos mudam. Nos anos 60 o então governador Leonel Brizola marcou história por espalhar construção de  escolas pelo interior de todo o Rio Grande para os filhos de agricultores. Eram as escolas de madeira, chamadas de brizoletas. Se passaram 50 anos, os netos daqueles que tiveram oportunidade de estudar nestas escolas, se mudaram para as cidades. Escolas do interior ficaram sem alunos e nas periferias das cidades, quanto mais se amplia as escolas, mais faltam vagas. é o êxodo rural silencioso. Venâncio, não faz 20 anos, tinha metade de sua população no interior e metade na cidade dos seus 50 mil moradores. Hoje esta proporção mudou muito. Temos 40% no interior e 60% na cidade dos atuais 66 mil moradores. E a tendência é dessa proporção aumentar cada vez mais, exigindo dos administradores visão estratégica para investir em educação.