Dia nacional de greve 'furou'
Dia nacional de greve ‘furou’

Quando surgiu a mobilização nacional registrando mais de 100 mil pessoas nas ruas em São Paulo, no Rio e espalhando-se por todo país – em Venâncio foram mil pessoas num dia de protesto -, lideranças petistas, como o ex-presidente Lula, tiveram a ‘luminosa’ ideia de convocar a militância petista e sindical para também ir às ruas com suas bandeiras, juntando-se ao movimento nacional.

Mas existem ai dois problemas. A maioria dos líderes sindicais, capazes de mobilizar trabalhadores, estão confortavelmente instalados como CCs em Brasília, ganhando polpudos salários e muito satisfeitos. O movimento nacional de protesto já tinha afastado bandeiras de partidos nas passeatas.

Tinha curiosidade pelo resultado da mobilização convocada para o dia 11, quarta-feira desta semana. Deu e previsto. Quem participou do movimento nacional de protestos em junho, não foi às ruas – foram uns poucos – para se juntar aos dirigentes de sindicatos. Os trabalhadores não foram. Fica muito claro que o movimento nacional que foi às ruas, e que deve voltar, não tem nada a ver com sindicatos e com militância política, é uma mobilização de pessoas insatisfeitas com o que acontece no Brasil, especialmente a roubalheira do dinheiro público, e que não é de hoje.