O governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), primeiro reeleito no estado, encerrou no fim de semana um ciclo de debates do PSDB por todo país. O programa Diálogos Tucanos, foi criado depois de Leite assumir a presidência nacional do partido em fevereiro deste ano. Ele visitou estados, falando na reorganização do partido. Agora na quinta, 24, foi realizado um Seminário Nacional em Brasília sobre o tema.
O PSDB teve Fernando Henrique Cardoso, presidente em dois mandatos, eleito em 1994 e reeleito em 1998. Serra, Aécio e Alckmin, disputaram as eleições seguintes, mas foram derrotados por Lula e Dilma, do PT. Em 2018, Alckmin fez só 4,7% dos votos, e o partido ficou pela primeira vez, em seis eleições, fora do segundo turno, disputado por Bolsonaro (PSL) e Haddad (PT), onde Bolsonaro se elegeu, derrotando o PT. Em 2022 Eduardo Leite fez movimentos para ser candidato, mas João Doria foi escolhido e depois desistiu da candidatura. O partido acabou apoiando Simone Tebet (MDB), indicando a vice Mara Gabrilli. E foram só 4,1% dos votos. O partido, de 54 deputados e dez senadores em 2014, encolheu para 13 deputados e três senadores em 2022.
Leite faz essa ‘cruzada’ pelo país trabalhando pela reorganização e fortalecimento do partido e surge como principal nome da sigla para construir uma candidatura a presidente em 2026, dialogando com as pessoas e os partidos.
Hoje o quadro tem Lula (PT) presidente. Ele disse que não concorre à reeleição e tentará emplacar Haddad mais uma vez pela esquerda. Não creio nisso. O ex-presidente Bolsonaro (PL) foi declarado inelegível pelo TSE, mas vai tentar derrubar essa vedação considerada vingança do ‘sistema’. Os dois extremaram o país. E isso faz surgir nomes, mais ao centro. Um é Romeu Zema (Novo) governador reeleito de Minas Gerais. Outro é Tarcísio Freitas (Republicanos), governador eleito de São Paulo, mas que já anunciou que não será candidato ao Planalto em 2026. Os dois são de centro-direita. E Eduardo Leite (PSDB), que é considerado de centro-esquerda. São três nomes novos, de governadores competentes, que mostram resultados de gestão nos seus estados e se cacifam para o desafio de governar o pais, com competência e sem os ranços extremistas que vivemos, seja de esquerda, seja de direita.
Essa é uma leitura minha hoje. E sabemos que a política é muito dinâmica e em 2026 o quadro pode ser diferente. Ou não.