Recém terminadas as eleições municipais e faltando dois anos para a eleição de outubro de 2014, o Brasil vive constantemente um clima eleitoral. A Presidente Dilma Roussef já iniciou sua campanha pela reeleição. Na Paraíba, estado que vistou pela primeira vez, Dilma pronunciou uma frase intrigante. Disse que “na eleição e gente pode fazer o diabo, mas no governo temos que ter respeito com o povo”. Avaliando os fatos, penso que o que acontece na realidade é o contrário. Na campanha todos são anjinhos e tem soluções mágicas. Depois é que vem os defeitos e as dificuldades.
O senador mineiro Aécio Neves, candidato do PSDB, começou campanha em evento do partido em Goiás. Disse que “basta de ineficiência” e lembrou que a estabilização da economia com o Plano Real e os programas sociais de Lula e Dilma nasceram no governo tucano de FHC.
Marina Silva, tenta criar um partido seu para concorrer a presidência, mas sem estrutura política.
é um outro posicionamento que me chama atenção. O governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB), partido aliado do PT, também quer concorrer a presidente e defende a sua proposta de maneira inteligente. Propõe um quarto ciclo de governo. Citou o primeiro ciclo com a redemocratização do país, nos governos Sarney e Collor de Melo/Itamar Franco. Depois o ciclo da estabilização econômica, com os governos tucanos de Fernando Henrique Cardoso, que criou o Plano Real. O terceiro ciclo foi com os programas sociais dos governos do PT, com Lula e Dilma. Agora, Campos propõe um quarto ciclo, com um crescimento mais organizado e harmônico do Brasil. é tudo que precisamos. Com esta proposta e com Cristovam Buarque, do PDT, como vice, esta candidatura pode surpreender.
A dificuldade é o tamanho do PSB, mesmo sendo o partido que mais cresceu na última eleição municipal. Lembro que há exatos 20 anos, em 1992, o Brasil assistiu à abertura do processo de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, do inexpressivo PRN, aprovado por 441 votos na Câmara dos Deputados. Collor foi o primeiro presidente da República eleito pelo voto direto após o regime militar, ao derrotar em segundo turno o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Mas já nos primeiros dias de governo Collor, o PT começou a agir para derrubar Collor por corrupção no governo e conseguiu, pela fragilidade política do presidente, que não tinha a sustentação que teve Lula e que tem Dilma com grandes partidos que bancam os presidentes, mesmo a custos altíssimos.