Luís Felipe Peracchi, Coordenador-Geral de Comunicação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, envia e-mail reforçando a posição da ministra Maria do Rosário no caso da morte do cinegrafista da Band, atingido por um rojão/bomba no Rio, durante uma manifestação de rua no final de semana.

Caro diretor Sérgio Klafke

Lemos o post “Morte que vai mudar atitudes”, gostaríamos de, respeitosamente, fazer algumas considerações. Em primeiro lugar, especificamente sobre o caso do cinegrafista Santiago Andrade, a ministra Maria do Rosário tem se pronunciado desde o dia seguinte ao acidente. No seu twitter oficial (@_mariadorosario), no dia 7 de fevereiro, a ministra prestou solidariedade à família do profissional, que também recebeu um contato da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, oferecendo todo o apoio necessário para solicitar a investigação.

No mesmo momento, a ministra ressaltou que o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), ligado à SDH/PR, possui um grupo de trabalho (GT) que debate as violências sofridas por profissionais de comunicação. Esse GT, que existe há um ano, deverá apresentar um relatório até o final deste mês, indicando recomendações para a proteção dos comunicadores. Nesta segunda-feira, dia 10, logo depois do anúncio da morte cerebral de Andrade, o CDDPH, presidido pela ministra Maria do Rosário, divulgou nota (veja no link: http://www.sdh.gov.br/noticias/2014/fevereiro/nota-publica-sobre-do-cinegrafista-santiago-ilidio-andrade) lamentando o falecimento e pedindo providências.

Quanto à temática de Direitos Humanos. Durante a sua gestão, a ministra tem atuado no sentido de conscientizar a população sobre a amplitude dos Direitos Humanos, ressaltando que entre os seus principais eixos estão a defesa e promoção dos direitos de crianças e adolescentes, pessoas idosas e pessoas com deficiência. Recentemente, em uma entrevista à Agência Brasil, a ministra afirmou que “o debate sobre direitos humanos no país tem que avançar e parar de restringir o tema a estereótipos como “defesa de bandidos”. Na ocasião, a Maria do Rosário ressaltou que “todo o trabalho da secretaria tem sido de fomentarmos o tema de direitos humanos para que diga respeito a tudo que contribua para a dignidade e qualidade de vida. Não podemos nos perder em uma visão estreita que observa essa temática a partir da lógica do estereótipo; que enxerga os direitos humanos como defesa dos bandidos”.

A ministra Maria do Rosário também explicou que a lógica que perpassa as políticas voltadas para a promoção dos direitos humanos é, principalmente, a de proteção da vida contra as diferentes forma de violência e citou, como exemplo, o Disque Denúncia, o Disque 100, que em dez anos de funcionamento registrou mais de 3 milhões de atendimentos a vítimas de violência.

Rosário também reforça a importância de a sociedade compreender os Direitos Humanos e assumir a defesa dessa bandeira frisando o respeito às diferenças, a redução das desigualdades e o enfrentamento a todas as violações de direitos humanos.

Apesar de não ter ainda tido a oportunidade de visitar a redação da Folha do Mate conheço o belo trabalho exercido por esse importante meio de comunicação regional por meio do nosso amigo Giovanne Wickert ,e temos a plena certeza de que o jornal trata das questões com isenção e equilíbrio. Por isso, tomamos a liberdade de entrar em contato e fazer essas considerações.

Estamos à disposição para o que for necessário.

Grande abraço!

Link da entrevista à Agência Brasil: http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/10/defesa-de-direitos-humanos-e-defesa-da-vida-diz-maria-do-rosario

Luís Felipe PeracchiCoordenador-Geral de Comunicação

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República