Selvino Heck, ao enviar sua coluna semanal, manda junto impressões suas de Brasília. “O Congresso do PT e suas repercussões deram o que falar. Foi um Congresso quente, como tudo que acontece no PT. Palavras de ordem, discursos emocionados, votações relativamente apertadas.Os ouvidos de Eduardo Cunha arderam, embora não tenha sido aprovada uma proposta que propunha rediscutir a política de alianças do PT, envolvendo especialmente o PMDB. Nem era o caso de isso acontecer neste momento. Assim como não cabia nenhuma atitude mais radical quanto ao governo.O governo está mal começando, há muito chão pela frente.De qualquer maneira, um manifesto de sindicalistas da CUT filiados ao PT e um manifesto dos deputados federais esquentaram o debate. O dos sindicalistas porque fazia uma crítica mais dura à política econômica do governo – hoje (ontem), aliás, haverá decisão da presidenta Dilma sobre sobre veto ou não ao tema do fator previdenciário; as negociações continuam, há mobilizações na frente do Palácio do Planalto, mas não se sabe, até agora, oito e meia da manhã, o que vai acontecer e qual será a decisão -, e os deputados federais pedindo para dar andamento a projetos de lei que já estão no Congresso Nacional, tipo o de taxação das grandes fortunas.Foi um Congresso partidário bom, de muito debate e que vai continuar.Quanto ao mais, esquentou também o debate sobre 2018. Há sinais de que o PMDB – e não por causa do que aconteceu no Congresso do PT – poderá desembarcar da aliança. E, tudo indica, Alckmin vai ser o candidato do PSDB. Aécio está perdendo espaço.Particularmente, acho que este debate está fora de tempo e época, também quanto ao PT e a Lula. é preciso ver o que vai acontecer este ano, esperar passar as eleições de 2016 e só depois começar a discutir 2018. Muita água ainda vai rolar debaixo desta ponte.”