A crise financeira dos municípios vai impactar na realização do carnaval deste ano em todo Brasil. Em Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchenzan (PSDB), com contas de R$ 300 milhões para pagar, não vai repassar os R$ 7 milhões que a Prefeitura repassava ao carnaval, o que inviabiliza a realização dos desfiles nos moldes em que eram realizados no sambódromo do Porto Seco.Aqui, támbém com contas a pagar, o prefeito Giovane Wickert (PSB) está decidido a ajudar com recursos para realização do carnaval, mas com redução dos valores. Dos R$ 200 mil investidos no ano anterior, vai reduzir o repasse para as escolas em R$ 10 mil para cada uma e vai reduzir custos com locação de grades, palco, banheiros químicos. Fazer um carnaval mais modesto, masa não deixar de fazer, pensa ele.E Giovane fez um bom negócio. Quando o senador Paulo Paim (PT) esteve em Venâncio, no final do ano, para conhecer a escola Unidos das Vilas, que vai lhe homenagear com o enredo deste ano, Giovane se reuniu com ele e conseguiu a indicação de duas emendas parlamentares do Senador para Venâncio que somam R$ 500 mil. Ele revela que Paim tem por critério destinar R$ 100 mil para cada um dos municípios gaúchos em seu mandato. Nessa conta Venâncio terá R$ 400 mil a mais. Uma boa justificativa para realizar o carnaval, que muitos vivem intensamente e muitos veem como futilidade.