Na reunião do Gabinete de Gestão Integrada Municipal, na quarta-feira, a ideia nova que surgiu foi a posição anunciada pelo presidente da Caciva, Claudiomar da Silva, sugerindo a construção do complexo carcerário em uma área mais remota no município, preservando a área nobre de 100 hectares do atual CPVA, em Estância Nova, às margens da RSC-287, para um futuro distrito industrial.
Dei repercussão ao fato por entender que seria a melhor alternativa para a comunidade. E o impacto está sendo grande. O prefeito Airton, que no anúncio de Claudiomar foi áspero com o presidente da Caciva, reconsiderou em parte ontem, depois das colocações feitas na coluna e na matéria da edição da Folha sobre o assunto. Pela assessoria ele encaminhou esta nota ontem a tarde:
“Caro Sérgio, a cerca de três anos se discute o local do atual semiaberto e/ou construção de um futuro presídio fechado. Se a Caciva oferecer uma nova área com infraestrutura nas próximas horas, podemos levar o projeto até o governador Tarso Genro. No entanto, se a proposta trata-se apenas de uma sugestão, devemos continuar o trabalho com os integrantes do Gabinete de Gestão Integrada (GGI-M), com responsabilidade e serenidade. Se o atual semiaberto continuar funcionando e receber ainda mais presos, a responsabilidade se divide com aqueles que querem obstruir o seu fechamento”.
Claudiomar disse que existem duas áreas já sondadas e admitiu até que empresários locais podem, em última instância, adquirir uma nova área para construção do presídio para preservar a área nobre de 100 hectares em Estância Nova, onde está o CPVA e onde está prevista a construção do novo presidio fechado e um semiaberto intramuros.
Falei várias vezes por telefone desde quinta-feira com o prefeito Airton e com o presidente da Caciva, Claudiomar, não com o faro de jornalista para explorar a situação, mas de cidadão preocupado em colaborar para possibilidade de encaminhamento da alternativa apresentada, pelo bem da comunidade. Propus um encontro das partes para avaliar a possibilidade sugerida. Claudiomar disse aceitar, mas que a entidade será representada através de sua vice-presidente de Indústria, Fabiana Bergamaschi e mais um membro da diretoria. O prefeito concordou com o encontro e disse que pode ser nesta segunda-feira com o secretário municipal do Desenvolvimento Econômico Hélio Lawall e o presidente da Câmara de Vereadores e presidente do PDT, vereador Telmo Kist.
O local ainda não está definido. Se for preciso ofereço o auditório da Folha como campo neutro para a conversação. Afinal, todas tentativas valem a pena se for para ter um presídio estadual fechado construído em outro lugar, mais remoto, do que em Vila Estância Nova, pelos motivos já expostos.