A realização da a 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 10), organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e que será realizada em novembro no Panamá, mobiliza a cadeia produtiva do tabaco, sempre preocupada com as possíveis vedações que são propostas.
Na semana que passou foram realizadas audiências públicas na Câmara dos Deputados, por iniciativa do deputado Alceu Moreira (MDB), e em Santa Cruz, pelo deputado estadual Marcus Vinícius Almeida (PP), onde o debate foi a posição do governo brasileiro na COP.
Agora na terça, 20, o deputado federal Heitor Schuch (PSB), produtor de tabaco em Linha Cerro Alegre, no interior de Santa Cruz do Sul, conseguiu uma agenda com o Vice-presidente da República, Geraldo Alkmin (PSB), que acumula as funções de Ministro da Indústria e Comércio Exterior, e que nesta semana está no cargo de presidente da República, durante a viagem de Lula para a Europa. Schuch convidou lideranças do setor para o encontro com Alkmin, para quem foi apresentado um relatório do impacto social e econômico do tabaco, que é produzido por 128 mil famílias de pequenos agricultores, em 488 municípios da região Sul.
Schuch saiu otimista da reunião. Disse que o Alkmin é reconhecido pela sensatez e capacidade de diálogo e pode ser o interlocutor da cadeia produtiva do tabaco dentro do governo. “Fomos muito bem recebidos, ouvidos e acredito que ganhamos um aliado em favor dos produtores, nessa atividade que é fundamental para a economia do país”, avaliou o deputado, que foi o mais votado em Venâncio nas últimas duas eleições.
Volta do terror
O deputado federal Marcelo Moraes (PL), o segundo mais votado em Venâncio na última eleição, foi entrevistado nesta semana no Terra em Uma Hora, na Terra FM, sobre a mobilização do setor produtivo do tabaco que se preocupa com a posição do governo brasileiro na COP 10, no Panamá, em novembro.
Moraes disse que no governo do PT o setor produtivo do tabaco começa a reviver dias de terror, como nos governos petistas anteriores. “Nos quatro anos do governo Bolsonaro o setor tinha tranquilidade, pois sabia que o governo não estaria contra os produtores”, alfinetou Moraes, que ainda fez um apontamento forte, ao dizer que “os mesmos que querem o fim do tabaco nos governos do PT, são os que defendem a liberação da maconha”.
Notinhas
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