Nesta semana lideranças brasileiras que defendem a cultura do tabaco como atividade econômica, voam para o outro lado do planeta, onde em Seul a capital da Coreia do Sul, se realiza 5ª Conferência das Partes (COP 5) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). Lá estarão reunidos, de 12 a 17 de novembro, os Estados-Parte para dar continuidade à implementação do tratado. Embora o objetivo da CQCT seja a diminuição do número de fumantes no mundo e a exposição à fumaça do cigarro, as medidas que serão discutidas durante a COP 5 estão diretamente relacionadas com a produção no campo.

Iro Schüncke, presidente do SindiTabaco, estará acompanhado do prefeito Airton Artus, convidado do sindicato como representante da Amvarp – Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo, na Câmara Setorial do Tabaco em Brasília, cujo presidente é Romeu Schneider, presidente da Afubra, que também estará na Coreia.

“Se colocadas em prática as medidas propostas, vão interferir diretamente em toda a cadeia produtiva, trazendo prejuízos a um setor que gerou R$ 4,6 bilhões de renda no campo e tem reconhecimento mundial de seu produto”, avalia Schünke.

O Brasil, maior exportador de tabaco do mundo e segundo maior produtor, é signatário da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco desde 2003, tendo ratificado seu compromisso em 2005, ao contrário de países concorrentes como a Argentina, Estados Unidos, Malawi, Zimbábue e Indonésia que não assinaram o documento.

O assunto, que no ano passado foi discutido no Uruguai, que não planta tabaco, agora vai ter sequência na Coreia do Sul, que é o 15º no ranking mundial de produção de tabaco. As 46,5 mil toneladas produzidas correspondem a 0,7% da produção mundial da folha.