A TV traz uma campanha nacional de valorização da mulher na política, promovida pelo TSE. Mostra um coral Brasil, onde 51% são mulheres e um coral da política, onde 9% são mulheres. A campanha incentiva a participação da mulher na política, e é preciso, pois na realidade a mulher participa pouco.Conversei na sexta-feira com Cesar Schumacher, pré candidato a prefeito pelo PT, e ele relatava a dificuldade que o partido tem em conseguir os 30% da cota de mulheres para concorrer ao Legislativo. O número de candidatos a vereador pode ser até 150% do número de cadeiras existentes, quando for um partido, ou até 200%, quando for coligação. Como são 15 vereadores em Venâncio, um partido pode ter 23 candidatos e coligações de dois ou mais partidos, 30 candidatos. Destes, 30% precisam ser mulheres. E todos os partidos tem dificuldade de preencher essas vagas. Lembro de eleição anterior, onde teve mulher que colocou seu nome como candidata de partido, mas não saiu de casa e não fez campanha; foi só para ajudar a preencher o número necessário de candidatas.E só as mulheres podem mudar esta realidade, deixando de apenas reivindicar maior espaço, para efetivamente participar mais da política. Hoje o Legislativo já tem a sua maior representação feminina, com as vereadoras, Ana Claudia e Cleiva Heck do PDT e Helena da Rosa, do PMDB, mas que são 20% das cadeiras.Na composição das chapas majoritárias, o PDT, que tem a maior representação feminina no Legislativo, escolheu Isabel Oestreich como candidata a vice de Jarbas da Rosa. O PT ainda debate internamente a sua escolha e não está afastada a hipótese de ser uma mulher a vice de Cesar Schumacher.