A Famurs nessa semana deu sinal verde ao governador José Ivo Sartori para aumento da alíquota de ICMS e para o governo federal para criação de novo imposto destinado para a saúde. Os prefeitos são solidários com o projeto do governador Sartori, com as dificuldades da presidente Dilma, mas também estão de olho na fatia que caberá aos municípios, cuja projeção é de R$ 800milhões anuais.Cinco prefeitos se destacaram nos pronunciamentos no encontro sobre o tema. José Fortunatti (PDT) Porto Alegre; Jairo Jorge (PT) Canoas, dois possíveis candidatos ao Piratini em 2018; Eduardo Leite (PSDB) Pelotas: Marco Alba (PMDB) Gravataí e Airton Artus (PDT) Venâncio Aires.Durante a semana o governador José Ivo Sartori, o presidente do Tribunal de Justiça, José Aquino Flores de Camargo, o procurador-geral do Estado, Euzébio Ruschel e o presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum, estiveram reunidos com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. Pela primeira vez na história recente do Rio Grande do Sul, os representantes dos três poderes buscam, unidos, viabilizar solução para a grave crise financeira que afeta o Estado. O deputado Alceu Moreira(PMDB), voltou a fazer um pronunciamento forte.“A União trata o Rio Grande como se fosse um cliente de caderno no boteco da esquina. Mas não é um cliente, são 10 milhões de gaúchos prejudicados por burocratas, por motoristas de carimbo”, criticou o deputado Alceu Moreira em audiência convocada pela comissão de Finanças da Câmara para ouvir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na terça-feira, 1º.

“O RS recebeu R$ 9,7 bilhões em 1998, já pagou mais de R$ 21 bilhões e ainda deve mais de R$ 49 bilhões”, denunciou o deputado, que recordou que “o ministro foi diretor de banco e sabe que quando alguém não pode pagar o gerente chama para renegociar”.

Desde o começo do contrato, há 16 anos, o RS pagou 56% de juros ao ano, ou seja, muito acima das taxas de inflação, da poupança, do IPCA (utilizado amplamente pelo governo) e até dos parâmetros usados para renegociar dívidas de sonegadores.”As taxas cobradas são maiores do que qualquer agiota cobra. Para Cuba, Venezuela e Bolívia o governo federal aplica 4% de juros. Já para o RS, além de não renegociar, ainda sequestra recursos mesmo sem arcar com suas dívidas, como os repasses de R$ 3 bilhões anuais estimados da reposição das exportações”, completou Alceu Moreira.