Venâncio Aires é, desde que Santa Cruz teve emancipados diversos distritos, o maior produtor de tabaco do Brasil. A atual safra foi comemorada com o preço alcançado pelo produto. A produção de quase 25 mil toneladas teve preço médio de R$ 112,00 a arroba, deixando o produtor satisfeito. São 4,9 famílias, com 20 mil pessoas trabalhando diretamente na lavoura de tabaco no município. Pois com todos estes números expressivos, no domingo, na Festa Municipal do Fumo, hora de comemorar tudo isso, me espantei com a presença de menos de 100 pessoas na abertura do evento, no ginásio de esportes de Linha Sapé.
A Festa foi criada por iniciativa do ex-vereador Paulo Mathias Ferreira (PMDB), como forma de enaltecer a posição que Venâncio ocupa no cenário nacional do tabaco. O evento, quando criado em 1997, iniciava na sexta-feira a noite, seguia no sábado e domingo. Hoje se resume ao domingo, com a abertura oficial pela manhã, anúncio do Fumicultor Modelo – que neste ano foi Orlando Brandenburg, o pai dos quadrigêmeos de Linha Sapé – almoço, reunião dançante a tarde a boate a noite.
Lideranças políticas e sindicais, que estiveram presentes, tiveram a mesma impressão. é preciso sacudir o evento e torná-lo do tamanho que Venâncio representa na fumicultura, ou é melhor deixar de realizá-lo. Assunto para discussão urgente entre Administração Municipal, uma vez que é evento oficial do município, sindicatos da área rural e sociedades.