Acompanho os movimento do executivo no desesperado intuito de fechar as contas públicas. Lembro-me vagamente quando do prefeito Alfredo Scherer, não que fosse um santo. Difícil encontrar um dentre os políticos atuais. Havia mais vergonha na cara e o político era mais sensível ao seus críticos. Digamos que a ética aflorava mais. Naquela época, leis, como agora, não existiam, mas o prefeito sempre procurava deixar as contas do município em dia. Especialmente este prefeito era tido como aquele que deixava dinheiro nos cofres da prefeitura para o próximo poder começar seu governo minimamente. Seus passos sempre foram de acordo com suas pernas, com uma delas atras. Talvez por isso que a comunidade lhe apoiou em suas quatro legislaturas. Depois a coisa mudou. Com outros prefeitos, a partir de sua era, isso não foi mais feito. Desde que me lembro, todos os outros prefeitos tiveram que usar de artifícios para porem as contas em dia. E naquela época não havia lei de responsabilidade fiscal ou coisa que o valha. Mas a prefeitura sempre tinha poucos empregados.Vieram os concursos. Veio a lei que determinava até quanto o município podia gastarcom a conta do funcionalismo. E eureka – abria-se aí o grande mal da gestão pública no geral: todos empregavam até o teto desta lei. Não no mínimo necessário do que era preciso. E o caos se instalou. Hoje, mesmo com o advento da informática, que faz-se diminuir a necessidade de funcionários, todos os órgãos públicos estão cheios. Falta cadeira ou trabalho para todos. E nós temos que pagar tudo isso. Financiamentos que não queremos fazer. E pagar por serviços que sabemos que nunca não teremos.”será que a economia mudou tanto, ou ficamos perdulários demais?”

Maurício KonradProfessor