Financiar campanhas políticas com dinheiro público ou não é um dos grandes debates nacionais. Paulo Eduardo Leuckert, da Lucamo, faz uma observação interessante sobre o tema:

Com todos os movimentos que tem sacudido o Brasil nestes últimos dias, em especial quanto ao combate à corrupção eleitoral, finalmente o governo propõe encaminhar a reforma política engavetada a tantos anos. Mas veja o que um juiz do Maranhão afirmou em audiência pública no STF a respeito: “Não é razoável imaginar que as empresas brasileiras estão “doando” dinheiro para campanhas eleitorais”. Alfinetou dizendo que “os grandes doadores são apenas as empresas que integram um círculo restrito das construtoras, dos bancos e das mineradoras”. Esses setores que concentram as doações, ressalta, são exatamente aqueles que “precisam” manter estreitas relações com o poder público. Garante o magistrado que todas as demais centenas de esferas de atividade empresarial não participam do financiamento de campanhas. Diz mais, que uma pesquisa realizada mostra que as empresas doadoras em campanhas eleitorais recebem nos 33 primeiros meses após a eleição, como retorno o equivalente a 850% do valor doado em contratos com o poder público, é o toma lá dá cá e bem rentável ao que parece.