O vice-prefeito Giovane Wickert (PT), que nesta semana responde pela Prefeitura, nas férias do prefeito Airton Artus (PDT), me faz uma argumentação bem articulada em defesa do governo Tarso Genro (PT) no Piratini, penso até que é estratégia do partido. Apontado como ineficiente até aqui, e me incluo entre os que assim o consideram, o governo Tarso Genro vai deslanchar na reta final, garante Giovane. E o grande trunfo que ele cita é a recuperação de 2,3 mil km de estradas – recapeamento, não operação tapa-buracos – em 2014, com dinheiro do BNDES. O vice-prefeito argumenta com propriedade em defesa de Tarso, que vai disputar a reeleição.
Na conversa, Giovane admitiu que o maior adversário é a senadora Ana Amélia Lemos (PP), realidade já constatada por pesquisa s pré-eleitorais. Neste ponto da conversa arguí um ponto de poucos conhecido, a mídia. No governo Yeda, o Piratini distribuiu mídia também para o interior e com isso provocou a ira do Grupo RBS, que ‘detonou’ Yeda, abraçando Tarso Genro na última campanha. Resultado: a Associação dos Diários do Interior, entidade onde a Folha ingressou no ano passado, acusa redução de 75% de verba publicitária no governo Tarso, que concentrou as ações no Grupo RBS, que se diz, exige 80% do bolo de publicidade. E o governo Tarso tem projeção de gastos de R$ 240 milhões em publicidade pelo que se lê.
Mas o ponto onde quis chegar, é que a senadora Ana Amélia é funcionária licenciada da RBS e vai concorrer ao Piratini. Como Tarso vai fazer este jogo de bastidores da política?