Se a eleição para prefeito foi um desafio enorme vencido pelo atual vice-prefeito Giovane Wickert (PSB), os próximos quatro anos de governo serão um desafio ainda maior. Ontem pela manhã, o prefeito eleito em 2 de outubro, esteve aqui na Folha para um chimarrão, como fez ao longo de oito anos de vice-prefeito. Momento de esclarecer mal entendidos de parte a parte, mas, principalmente, de falar sobre desafios que virão pela frente, nos seus quatro anos de governo.Giovane se mostra preocupado com o crescimento do déficit do orçamento. “A cada ano foi um desafio fechar as contas, mas me preocupa a escala crescente que foi de R$ 1 milhão, de R$ 3 milhões, de R$ 7 milhões agora, e, uma projeção de R$ 13 a R$ 15 milhões para 2017”, apontou ele. “Como vice-prefeito quero que fechem as contas da Administração da qual participei. Quero que o prefeito Airton consiga fechar as contas, mas também me preocupo com o início do meu governo”, disse Wickert, demonstrando sua discordância com a antecipação de receitas de 2017, que o prefeito Airton Artus (PDT) esta propondo, com IPTU e venda da administração da folha de salários dos servidores, que só vencem em 2017.Na conversa Wickert expôs medidas que projeta para enfrentar os desafios que lhe esperam. Ele já teve encontro, que qualificou como muito proveitoso, com o presidente da Associação dos Servidores, Odenir Guterres de Carvalho, de quem obteve o comprometimento da categoria na busca por soluções para os dias difíceis que virão. A reativação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, composto por lideranças de todos os segmentos da comunidade, para debater ações, é outra proposta que Giovane já está alinhavando.Ele demonstra maturidade de quem se preparou durante oito anos para ser prefeito e encaminha com o prefeito Airton Artus a formação de comissões de transição, para ter melhor conhecimento da situação em todos os setores da Administração. Wickert esteve nesta semana com a secretária da Fazenda, Fabiana Keller e com a Auditora Interna Juliana Marcuzzo, para avaliações.Um governo para todos, e com o compromisso de todos, é o que Wickert está propondo, de forma inteligente. E não tem outro caminho.
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