Os fatos até hoje mal explicados sobre a invasão das sedes dos três poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro, tem assinaturas para ser ciada uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso, para investigar o que realmente aconteceu naquele dia, do qual restou depredação no Planalto, no Congresso e no STF, e um ‘campo de concentração’ com quase duas mil pessoas presas a mando do presidente do STF, Alexandre Moraes.
O presidente Lula e os partidos da esquerda articulam forte para não sair CPI, alegando que o governo está investigando. A grande mídia, que fez da CPI da Covid, em 2022, ano de eleição, quase um Big Brother, agora boicota a proposta de investigar o 8 de janeiro. Porque será?
No Senado, onde é preciso 27 assinaturas, 35 dos 81 senadores mantém sua assinatura pela CPI. Dos senadores gaúchos Luiz Carlos Heinze (PP) e Hamilton Mourão (Republicanos) assinaram a lista em favor da CPMI. Paulo Paim (PT) não assinou.
Na Câmara, 191 deputados mantém suas assinaturas pela CPI, onde são necessárias 171 assinaturas. Eram 195, mas quatro recuaram. Dos 31 federais gaúchos 19 assinaram lista, pela ordem de adesão: Marcelo Moraes (PL), Zucco (Republicanos), Marcel van Hattem (Novo), Maurício Marcon (Podemos), Sanderson (PL), Bibo Nunes (PL), Osmar Terra (MDB), Giovani Cherini (PL), Pedro Westphalen (PP), Covatti Filho (PP), Carlos Gomes (Republicanos), Any Ortiz (Cidadania), Alceu Moreira (MDB), Franciane Bayer (Republicanos), Alfonso Hamm (PP), Daniel Trzeciak (PSDB), Lucas Redecker (PSDB), Danrlei (PSD) e Luís Carlos Busato (União).
Dos deputados mais votados em Venâncio, Marcelo Moraes (PL) foi o primeiro dos deputados gaúchos a assinar a lista da CPMI proposta pelo deputado André Fernandes (PL-CE). Heitor Schuch (PSB), da bancada governista, não assinou.
Agora a pressão da oposição é sobre os presidentes, do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para instalar a CPI, e do governo para não instalar. O deputado gaúcho do PL, Ubiratan Sanderson, denuncia que o governo Lula está oferecendo R$ 60 milhões em emendas para deputado que retirar seu nome da lista de apoio a CPMI. E disse também que o governo ameaça não pagar as emendas parlamentares de quem continuar na lista. E acrescentou que Lula negocia cargos no segundo e terceiro escalão do governo com parlamentares para retirarem seu nome da lista em favor da CPMI. Tem algo muito grave no 8 de janeiro que não veio à tona ainda pela força que Lula faz para não ter CPMI.
O Brasil merece saber o que realmente aconteceu naquele dia, quem organizou, quem falhou, quem depredou, atos que precisam ser responsabilizados, mas de maneira transparente. Até aqui vivemos de narrativas na grande mídia, prisões por atacado e julgamentos unilaterais, com muita gente presa só por usar verde e amarelo na capital federal naquele dia, como denunciaram os dois jovens de Venâncio, que foram presos sem ter participado da invasão, e que já foram soltos.