Já escrevi que o Guarani teve seus melhores anos de Gauchão, quando teve quase meio time fabricado em casa. Foi a era Mano Menezes nos juniores, de onde saíram Bolivar, Cadu, Eder, Cristiano, Eliomar e outrros que depois foram a base do profissional campeão gaúcho de 2002, também com Mano Menezes. Pois estamos neste caminho novamente. Chicão, técnico já rodado no futebol, mas que começou sua carreira no Guarani, conseguiu construir uma nova geração que promete. Tem um time equilibrado, de boa qualidade técnica e com uma ótima postura tática em campo. Isso é fruto de trabalho, muito trabalho.
O suceso desse time se explica também por algumas lógicas do futebol. Uma ‘espinha dorsal’ de qualidade é fundamental num time. O Guarani tem Daniel, bom goleiro; tem Carlão, zagueiro de imposição e qualidade; tem Dimitri, um meia armador de alta qualidadfe ténica e tática e que é capitão do time e dá o tom do jogo, e tem Marreta, um 9 baiano de habilidade, força e velocidade, que deixou em pânico a zaga tanto do Inter quanto do Grêmio. Esta ‘espinha dorsal’ tem o complemento de vários outros bons jogadores, a maioria vindos de todo Brasil. De pratas da casa mesmo, venâncio-airenses, só o volante Guto e o meia Pastel.
Se o Grêmio vier com time reserva, o Guarani dobra eles dentro do Olímpico no sábado, onde acontece no domingo o Gre-Nal que será o último jogo no estádio, antes da inauguração da Arena, em dezembro.
Mas, saindo campeão ou vice, o que fica de mais importante é que este time pode servir de boa base para o Guarani de 2013, que vai disputar a Série C do Gauchão. Inclusive o técnico Chicão, que conhece e comanda bem essa garotada. Mas será preciso também rédea curta, pois uma turma aí do sub-19 anda aprontando na cidade.
O presidednte Luis Pasulo Assman Junior, vai começar a nova gestão com uma base de time pronta. Contratando mais alguns jogadores experientes, terá um time para brigar para voltar para a Série B. E o torcedor rubro-negro dá demostrações que tem saudade de time vencedor. No domingo a noite contra o Grêmio, quase 3 mil rubro-negros – aliás, muitos com duas camisetas e alguns até abusados, que aplaudiram o time gremista nas sociais -, foram ao Edmundo Feix, praticamente lotando o estádio. Tem tudo para um 2013 rubro-negro auspicioso.