Nesta semana, para participar da reunião de diretoria da Associação dos Jornais Diários do Interior, segui pela primeira vez à capital, utilizando a Rodovia do Parque, trecho de 13km da BR-386 que desemboca na Castelo Branco, em frente à Arena do Grêmio, com a proposta de desafogar a BR-116, sempre congestionada, em Canoas. Flui muito melhor o deslocamento para Porto Alegre. A Estrada do Parque, que custou R$ 1 bilhão para 22 km, tem três pistas, mas ainda não é utilizada como alternativa pela região metropolitana, pois com a 116 congestionada, a nova estrada tinha poucos veículos nas seis pistas.

No trajeto de 130 km até a capital, me chama atenção – não estou na estrada todos os dias, nem todas as semanas – não a imprudência de motoristas, mas a irresponsabilidade, ou melhor a insanidade de muitos no asfalto. Ultrapassagem em faixa dupla, em trechos perigosos, ou em curvas, forçar ultrapassagem sem espaço, é coisa comum. Este fato, aliado ao álcool, com certeza são os grandes causadores da maioria dos acidentes e mortes nas estradas. Tive que sair para o acostamento na ERS-287 por duas vezes para não bater de frente em ultrapassagens forçadas e em faixa dupla, do lado contrário.

Por outro lado, o limite de 80km/hora em estradas com pista dupla, ou mesmo pista simples, está mais do que na hora de ser revisto. Esta velocidade máxima foi estabelecida possivelmente nos tempos do Corcel Cupê, DKW e outros modelos. Estamos no século 21. Passar para 90km/hora atualizaria o trânsito.

A BR-101, rodovia expressa – sem cruzamentos – tem limite de 100 km/hora no seu trecho gaúcho. Basta chegar em Santa Catarina e o limite é de 110km para carros de passeio em trechos afastados nas áreas urbanas. Até nisso os catarinas estão à nossa frente.