O vereador Celso Krämer (PTB), que esteve na redação da Folha na semana que passou, para explicar os cargos de confiança do PTB que destinou para sua mulher e seu filho, disse com todas as letras que os cargos são do partido e apesar das nomeações da sua esposa e do suplente Vilmar Bender, o dinheiro do salários era destinado para a executiva do PTB. Foi a forma que encontrou para se justificar, pois as nomeações em família, num partido que tem 800 filiados, devem tê-lo deixado numa ‘saia justa’. Krämer esteve acompanhado do vereador José Arnildo Câmara, também, do PTB, quando deu a explicação, que foi publicada na coluna na quarta-feira.

No sábado o Procurador Geral do Município, Claus Carvalho, em nota publicada na coluna do dia, levantou a possibilidade de crime, a nomeação de um assessor cujo salário é destinado para outra finalidade. Krämer foi no mesmo dia, a tarde, fazer um registro na Delegacia de Polícia, queixando-se de perseguição por parte deste colunista por ter divulgado os cargos da família e seus salários e negando que tenha dito aqui na Folha que o salário de assessor do gabinete do deputado Sérgio Moraes, da sua esposa e de Vilmar Bender, vá para o partido. E listou como testemunha o vereador José Arnildo Câmara. Krämer, que como eu já disse, é agricultor aqui, mas se criou na grande grande Porto Alegre, foi rápido novamente, para se escudar em qualquer ação que possa vir.

Conheço José Arnildo Câmara há mais de 20 anos, como gerente de várias lojas da cidade, antes de entrar para a política. Pessoa íntegra. Arnildo ouviu a mesma coisa que eu aqui na Folha. Se ele agora negar ou dizer que ouviu diferente, para proteger seu líder, confesso que não creio mais em pessoas corretas.

Na Câmara de Vereadores, na segunda-feira, Krämer fez seu pronunciamento no mesmo tom. Não intimida, se é que foi esta a sua intenção.