O governo Estado anuncia que vai lançar até a metade de abril edital para a construção de três novos presídios fechados, com 1,5 mil vagas. O sistema proposto será semelhante ao público/privado, onde a iniciativa privada constrói os presídios e os administra, recebendo do governo estadual o pagamento por detento, como já acontece em outros estados. Minas Gerais é o melhor exemplo e o funcionamento é bom. Depois de 15 ou 20 anos os presídios passam para o domínio do Estado.

O noticiado é de que o projeto seja implantado em Canoas, mas o governo cita, pela imprensa, como alternativas, Guaíba, Venâncio Aires e Charqueadas, onde também já existem presídios estaduais.

A notícia provoca calafrios na cidade. Na área de quase 100 hectares, em Vila estância Nova, onde o Estado já determinou o fechamento da Colônia Penal Agrícola, que hoje ainda abriga em torno de 100 detentos, no regime semiaberto, já tem projetada a construção de um presídio fechado com 529 vagas e um semiaberto com 130 vagas. Receber mais este projeto novo de três cadeias moduladas para 1,5 mil presos, criaria aqui duas mil vagas. Como o sistema carcerário mostra que a ocupação real chega a ser três vezes a capacidade, isso significaria 6 mil presos em Vila Estância Nova num futuro próximo?

Ontem consultei o prefeito Airton Artus sobre o assunto e ele disse não saber de nada até agora. No seu entender isso não será possível aqui.