A sensação nacional de que o TSE cumpriu ordens ao barrar o registro do Rede, partido criado pela ex-senadora alagoana Marina Silva, depois de ter aprovado registro de outro partido, o Solidariedade, nas mesmas condições, teve uma resposta que surpreendeu. Marina Silva, com 22% das intenções de voto nas pesquisas para Presidente, anunciou no sábado sua filiação ao PSB, do governador pernambucano Eduardo Campos. São nomes com apoios antagônicos. Campos, economista, governador reeleito e com melhor aprovação disparada entre todos os governadores no Brasil, é tido como candidato preferido da classe média brasileira e empresários. Marina Silva tem apoio de ecologistas e da juventude rebelde. Mas, depois da aliança de Lula (PT) com José de Alencar (PL) em 2002, tudo é possível.
Mas o temor no Planalto não é só esse. Lideranças do PDT já não escondem que querem apoiar Campos. E tem outros partidos também prontos para se descolar do PT, ao mínimo sentimento de risco da reeleição de Dilma. é um jogo de xadrez. O impacto do movimento de Marina Silva neste jogo será sentido logo. E a reação do Planalto também.