A Presidente Dilma Roussef fez o anúncio de mais uma medida polêmica. Depois de propor Constituinte para a reforma política, plebiscito, agora ela assina Medida Provisória, que muda o sistema do ensino médico no Brasil. Quem entrar nas faculdades de medicina a partir de 2015, terá os seis anos de formação, que poderão reduzidos para cinco, e mais dois de residência médica obrigatória pelo sistema público, recebendo bolsa com salários entre R$ 3 e R$ 8 mil.

O anúncio foi feito em cerimônia que lançou o Programa “Mais Médicos”, pacote que inclui entre outras medidas, a ‘importação’ de médicos.

Penso que a proposta de Dilma é boa mas foi mal formulada. Fazer médicos que estudam gratuitamente nas faculdades federais de medicina trabalhar dois anos na rede pública de saúde, é uma medida que já deveria estar em vigor faz tempo. Terá apoio da sociedade, menos da classe médica, é claro. Uma medida justa, pois além de resolver boa parte dos problemas de falta de médicos, os jovens formandos ainda recebem salários.

Mas na minha avaliação errado é fazer o médico formado em faculdades comunitárias ou particulares, que pagou caro pelo seu curso de medicina – que não custa menos de R$ 500 mil – ter que trabalhar para a rede pública obrigatoriamente.

Sempre tive esta visão, de que quem estuda nas universidades federais, gratuitamente, deveria prestar alguma contra partida ao governo, em todos os cursos oferecidos. Quem sabe esteja sendo aberta esta discussão de forma mais ampla.