O vereador Elígio Weschenfelder (PSB), o Muchila, me encaminha contraponto sobre nota na coluna de sábado, onde citei como ‘sem noção’ a sua ação na Comissão de Ética, pelo fato do vereador Gerson Ruppenthal (PDT), presidente do Legislativo, pedir informações antecipadas sobre obras que o governo, que é do seu partido, fará. Entendo essa comunicação como normal. Muchila defende que é crime.
“Pois o que o mesmo (Gerson) reiteradamente comete se chama tráfico de influência pois o capataz que lhe passa a informação do que será feito é indicação dele, aliás era, pois de tantas irregularidades foi demitido. Ainda, informações privilegiadas passadas para políticos por servidor público se chama prevaricação. Enfim, uma séries de ilícitos todos devidamente denunciados aos órgãos responsáveis MP, TCE e MP eleitoral. Sim, encaminhei ao Conselho de Ética pois tal conduta fere o Código de Ética da Câmara. Posso ser polêmico, todavia não compactuo com qualquer tipo de irregularidades. Com todo respeito, sem noção é compactuar, e pior, defender este tipo de conduta no poder legislativo”, escreve o vereador, que é motorista concursado da Prefeitura e advogado. Enviou também um áudio que vazou de Ruppenthal pedindo informações do governo sobre trabalhos a serem realizados.
Fica muito perceptível que com a proximidade de eleição municipal de 2024, os vereadores de oposição aumentam o tom das cobranças e das críticas. E isso é normal na política. Mas penso que o mais inteligente é fazer cobranças oferecendo soluções.
Notinhas
- Faleceu no sábado, após 82 anos, o professor Francisco Ferraz, cientista político que foi reitor da UFRGS entre 1984 e 1988. Em 2002 criou o site Política para Políticos, que foi nome de coluna que assinou na Folha entre 2012 e 2016. Ele esteve em Venâncio em 2015, quando fez palestra nos 80 anos da Câmara de Vereadores, na gestão da Ana Claudia do Amaral Teixeira na presidência. Considerado pilar da Ciência Política no país, ele criou o Mestrado da UFRGS nesta área em 1971. Tive conversas interessantes com o professor Ferraz. E uma passagem marcante, que conto no sábado com mais espaço na coluna.
- Eleição argentina escolheu no domingo, 22, quem vai para o segundo turno. O Ministro da Economia, Sergio Massa, candidato da esquerda, do presidente Alberto Fernandez, fez 36% dos votos. Javier Milei, o economista ultraliberal, fez 30%, a frente da candidata liberal Patricia Bullrich, apoiada pelo presidente anterior Maurício Macri, que fez 23% dos votos. O segundo turno será dia 19 de novembro. Os argentinos, vivendo com inflação de 140% ao ano, escolhem se seguem com o atual modelo ou apostam na mudança radical de Milei.
Do X
- Veja: Com investigação pífia, CPMI traz poucos avanços sobre o 8 de Janeiro
- Folha S. Paulo: PL quer 3.000 candidatos a prefeito com Bolsonaro e Michelle como cabos eleitorais
- Estadão: Eduardo Leite elogia Haddad, mas vê Lula com agenda antiga e defasada, que não muda o País
- O Globo: Após abraçar agenda anti-STF, Pacheco dá novo passo à direita e abre caminho para pauta ruralista
- IstoÉ: O candidato governista Sergio Massa (União pela Pátria) e o liberal Javier Milei (A Liberdade Avança) vão para o segundo turno na Argentina em 19 de novembro
- Revista Oeste: Dino põe a Polícia Federal contra o governador de São Paulo
- Gazeta do Povo: Bancada do agro diz que veto de Lula ao Marco Temporal será derrubado pelo Congresso
- Terra Brasil: Em São Paulo, extrema esquerda queima bandeira de Israel, pede fim do país judeu e parabeniza terroristas do Hamas
- Carta Capital: Câmara deve votar taxação para super-ricos nesta semana