Nos 30 anos do Senai em Venâncio, uma escola modelo

Jornal é documento; reportagens da Folha, colocadas em expositores na inauguração, contam a história da vinda do Senai

Venâncio viveu na quarta, 5, um dia especial, com a inauguração da nova Escola do Senai no município, o Centro de Formação Frederico Reinaldo Closs, construído na divisa dos bairros Aviação, Gressler e Bela Vista, no lado oeste da cidade.
Uma estrutura com 1,4 mil metros quadrados, com capacidade para receber 600 alunos nos cursos profissionalizantes que são oferecidos em três turnos, que teve investimento de R$ 14 milhões. Os atos inaugurais foram um misto de nostalgia de quando o Senai começou a operar em Venâncio e a inauguração desta escola modelo agora, que foi construída por uma empresa de Venâncio, a ALM Engenharia, que esteve lá representada por Luiz Paulo Assmann..
Já na entrada do primeiro prédio, onde foram os atos solenes, tive uma bela surpresa. Um conjunto de uma dezena de expositores mostravam painéis com reportagens da Folha do Mate, que contam a história do Senai em Venâncio, desde 1988, quando foi iniciada uma campanha neste sentido. E muitas das reportagens escrevi na época.
Na solenidade vi Walter Bergamaschi, 78 anos, historiar a vinda do Senai. Em 1984, vindo de Esteio – ele é natural de Putinga – assumiu a massa falida da Venax e começou a operar em 1985 – vai fazer 40 anos -, e sentiu logo a falta de mão de obra qualificada. Em 1988 ele liderou um movimento empresarial que reativou a Associação Comercial e Industrial (Aciva), para ter um braço representativo na reivindicação de uma escola do Senai aqui, para formar mão de obra. Seis anos depois, em 1994, isso se concretizou. Os cursos começaram na escola estadual Wolfram Metzler, com um torno e uma freza, contou Walter. Depois, no Colégio Oliveira Castilhos, até se construída uma sede para a escola no pátio da antiga Secretaria de Obras, com acesso pela rua 1º de Março, ao lado da Escola Cônego Albino, onde funcionou até agora.
A construção de uma nova escola é uma segunda saga. Tem mais de uma década a reivindicação. Em 2014, Airton Artus (PDT), como prefeito reeleito, doou um hectare na área do antigo aeroporto para construção da nova escola, que foi prometida por Heitor Muller, então presidente da Fiergs, mas sem fixar prazo. Como presidente da Associação dos Diários do Interior (ADI-RS) tive várias oportunidades de falar com ele e reforçava esse desejo de Venâncio. E Muller disse, em Venâncio, que o Senai precisa estar onde a indústria está. E Venâncio se transformava em polo metalmecânico importante no Estado.
Passaram-se os anos com novas tratativas. Agora em 2022, o prefeito Jarbas da Rosa (PDT) definiu com a Fiergs, na gestão de Gilberto Petry, o projeto de construção da nova escola, que foi inaugurada nesta semana.
É um novo centro educacional, voltando para a indústria, mas que beneficia toda a comunidade regional. Com capacidade para 200 alunos por turno, somando 600 alunos, na inauguração foi revelado que 250 matriculas já estão encaminhadas para a nova escola.
Nos atos inaugurais a homenagem a Frederico Reinaldo Closs, empresário que em 1861 abriu a primeira indústria, quando Venâncio ainda não era município. Era o Curtume Closs, que não existe mais. O bisneto, João Carlos Closs, esteve na solenidade representando a família Closs pioneira industrial de Venâncio. Frederico dá nome a Escola do Senai e também dá nome para a Emei no bairro União, que por sinal vai ser reconstruída em outro terreno, mais alto, pois a cada enchente sofria com a inundação.
O desafio do prefeito Jarbas agora é pavimentar o mais rápido possível ruas de acesso à escola do Senai, fato observado por empresários na inauguração. Um projeto de dois anos para construir a escola e as ruas de acesso ainda não estão pavimentadas. Como disse o hoje deputado Airton Artus, a pavimentação vem logo e vai ligar a escola com todas as direções da cidade, destacando a pavimentação da Avenida Leonel Brizola, com 25 metros de largura, que vai passar ao lado da nova escola.

Lula acumula 19 pedidos de impeachment

Já tem 130 assinaturas um pedido de impeachment do presidente Lula, motivado por uma ‘pedalada fiscal’ na reserva de recursos para o programa Pé-de-Meia, no valor de R$ 6 bilhões, que foram bloqueados pelo Tribunal de Contas da União, decisão que o governo tenta reverter.
Da bancada gaúcha 16 dos 31 deputados já assinaram o pedido. Pela ordem de adesão, Bibo Nunes (PL) Sanderson (PL), Luciano Zucco (PL), Maurício Marcon (Podemos), Marcelo Moraes (PL), Any Ortiz (Cidadania), Franciane Bayer (Republicanos), Marcel van Hattem (Novo), Daniel Treziack (PSDB), Pedro Westphalen (PP), Giovani Cherini (PL), Lucas Redecker (PSDB), Covatti Filho (PP), Osmar Terra (MDB), Afonso Hamm (PP) e Alceu Moreira (MDB).
Lula já acumula 19 pedidos de impeachment. Número que é quase nada perto dos 158 pedidos de impeachment encaminhados por deputados de esquerda no governo Jair Bolsonaro, assinados pela maioria dos deputados que não estão na lista acima. Nenhum foi aceito.
Para ir adiante, um pedido de impeachment precisa ter 171 assinaturas e ser admitido pelo presidente da Câmara dos Deputados. Agora é o jovem Hugo Mota (Republicanos-PB), que teve a ‘benção’ de Lula, da esquerda, da direita e do Centrão para o cargo. Não vai admitir.
Para destituir o presidente da República é preciso 342 votos dos 513 deputados em processo de impeachment. Dilma teve 367 votos pelo impeachment em 2016 e 137 contrários.

Schuch apresenta dois projetos

Deputado federal Heitor Schuch (PSB), aqui de Santa Cruz, que fez sua maior votação em Venâncio, apresenta dois projetos neste reinício de atividades do Congresso Nacional. Um projeto visa corrigir distorções do Proagro, buscando proteção ao agricultor familiar, diante de mudanças promovidas pelo Conselho Monetário Nacional. O outro é para que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) não seja critério para definir área cultivada pelo Proagro para pequenos produtores.
Schuch reforça que essas mudanças são essenciais para garantir a segurança produtiva dos agricultores familiares. “O Proagro é um direito fundamental para os pequenos produtores e não pode ser enfraquecido por medidas inadequadas”, destaca.
Os projetos seguem para análise na Câmara dos Deputados e contam com apoio das entidades representativas da agricultura familiar, como a Fetag e os seus Sindicatos dos Trabalhadores Rurais.


Moraes vem anunciar emendas

Deputado federal Marcelo Moraes (PL), aqui de Santa Cruz, estaria na Capital do Chimarrão nesta segunda, 10, mas por outro compromisso adiou a sua vinda para um a nova data, informou ontem o vereador Ezequiel Stahl (PL). Moraes, que está no segundo mandato, vem anunciar emendas que está destinando para o município. A média de emendas que ele tem destinado para Venâncio é na casa dos R$ 2 milhões anuais.

Notinhas

  • Roberto Campos Neto assumiu a presidência do Banco Central em 2019, indicado por Bolsonaro, com cargo até 2024. Desde que assumiu em 2023, Lula não parou de fazer críticas, acusando Campos Neto de trabalhar contra o governo, por aumentar a taxa Celic de juros. Agora Lula indicou Gabriel Galípolo, que continua aumentando a taxa Celic, que vai chegar aos 15%, projetam economistas, na tentativa de controlar uma disparada da inflação. E Lula continua culpando o presidente anterior. O presidente da República, que vai fazer 80 anos em outubro, está andando em círculos, totalmente perdido na condução do país.
  • Deputado estadual Marcos Vinícius Almeida, em primeiro mandato, depois de ser sido prefeito reeleito de Sentinela do Sul, será o líder da bancada do PP na Assembleia Legislativa neste ano. Natural de região produtora de tabaco, o deputado é defensor ativo, e sem medos, da cadeia produtiva do setor.

Do X

  • Veja: Pedido de impeachment de Lula agora tem 130 deputados
  • Folha S. Paulo: Hugo Motta defende imunidade parlamentar em discurso após ações do STF
  • O Globo: Hugo Motta critica sigilo de 100 anos, cobra transparência a todos os Poderes e diz que reagirá a interferências
    Poder 360: Não adianta Lula repetir Bolsonaro e falar para “bolha”, diz Motta
  • Jovem Pan: Trump extingue a USAID e corta o financiamento de ONGs progressistas
  • Revista Oeste: Trump confirma que vai fechar a Usaid, agência que financiou promoção da agenda woke e interferência em governos estrangeiros
  • CNN: A deputada Talíria Petrone (PSOL) apresentou um projeto de lei para criar um auxílio emergencial para brasileiros deportados dos Estados Unidos. O benefício seria pago durante 12 meses, no valor de um salário mínimo por família.



Sérgio Klafke

Sérgio Klafke

Diretor de Conteúdo e colunista da Folha do Mate

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