Os movimentos de rua no final de semana, protestando contra a corrupção e desmandos no governo, e os tarifaços da Presidente Dilma, depois de reeleita, deixaram claras algumas coisas que sempre foram maquiadas.Na sexta-feira foram as ruas sindicalistas e militantes de movimentos sociais, tidos como ‘trabalhadores’, ligados ao PT, com suas bandeiras vermelhas protestando contra a corrupção, mas em defesa de Dilma, Lula e do PT. Logo saiu a informação que cada integrante do MST, o exército de Stédile mencionado por Lula, recebeu R$ 35 para ir aos protestos em todos as capitais do Brasil. Era visível o constrangimento de muitos, dos poucos que tiveram coragem de ir às ruas.Quem foi pra rua domingo é quem trabalha durante a semana inteira e no seu dia de descanso foi protestar. Em São Paulo um milhão de pessoas foi às ruas, no Rio, meio milhão. No Brasil todo milhões de pessoas nas ruas protestando. Aqui em Venâncio, surpreendeu. Foram três mil pessoas nas ruas do centro, de forma pacífica e ordeira demonstrando sua insatisfação com o Brasil do PT.Sem violência, usando o verde e amarelo, o povo foi às ruas e deu o recado, na segunda maior manifestação de rua da história do país, superada somente pelo movimento Diretas Já, em 25 de janeiro de 1983, quando 1,5 milhão de pessoas se reuniram em São Paulo, em ato liderado por Tancredo Neves, Franco Montoro, Oestes Quércia, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Luiz Inácio Lula da Silva e Pedro Simon.Os Ministros Miguel Rossetto, da secretaria Geral de Governo, e José Eduardo Cardozo, da Justiça, foram à TV domingo a noite anunciar que o governo vai agir. Se isso não acontecer, o movimento das ruas vai engrossar, isso é certo.Meu temor é justamente esse, do governo não agir. No protesto dos camioneiros, a Presidente Dilma, acuada quando o movimento se dirigiu para Brasília, atendeu reivindicações, anunciou congelamento do preço do diesel e renegociação dos financiamentos de caminhões, na assinatura da Lei do Caminhoneiro. Conforme disse no domingo o transportador Luciano Naue, ficou só na promessa. Até agora Dilma não cumpriu a palavra. Estão desdenhando do povo que trabalha.


