A constatação é do próprio governo, ao analisar a pesquisa Datafolha publicada no domingo, mostrando a queda de aprovação do governo Dilma Roussef. De 42% de aprovação de ótimo e bom em dezembro, Dilma caiu para 23% agora em fevereiro. De 24% de ruim e péssimo subiu para 44%Na campanha de reeleição Dilma e o PT pintavam um Brasil ‘cor de rosa’ que sabidamente não existia. Escrevi muitas vezes neste espaço que Dilma apresentava um quadro artificial e que depois da eleição viria a realidade. E não era preciso ser nenhum gênio para deduzir isso. O que não entendo é como tanta gente esclarecida foi enganada. Agora não adianta lamentar.Veio aumento absurdo da energia, aumento da gasolina, de impostos e seus efeitos colaterais, que todos nós vamos sentir. E vem mais.E Dilma e o PT continuam descendo a ladeira. Quando todos esperavam que fosse indicado um novo presidente da Petrobras, com credibilidade e capacidade para ‘arrumar a casa’, veio o nome do ex-presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, com péssima reputação. Quando presidente do BB não soube explicar como tinha R$ 400 mil em casa. Agora o TCU investiga como o BB autorizou empréstimo para a socialite Val Marchiori, amiga de Bendine, que devia ao banco e recebeu mais um empréstimo subsidiado de R$ 2,7 milhões. No mercado se diz que Bendine é fiel seguidor de ordens do governo. Esta deve ter sido a maior razão da escolha.Por falar em Petrobras o dossiê entregue pelo ex-gerente Pedro Barusco ao Ministério Público, revela que o Petrolão na verdade é a continuidade do Mensalão lá do inicio do primeiro governo Lula. Quer dizer; a roubalheira nunca parou.Os ex-diretores de Petrobras Paulo Costa, o homem do PMDB, e Renato Duque, o homem do PT no esquema, revelam que propina existe na Petrobras muito antes dos governos do PT. O que não é novidade. Mas a dupla confessou que desde 2003, quando Lula e o PT assumiram, foi institucionalizada a propina, – eu diria extorsão – sem limites. Em dez anos calculam que foram R$ 220 bilhões em contratos sem licitação. Era por carta convite, restritas ao ‘clube’ formado pelos representantes políticos com um seleto grupo de empreiteiras.O Brasil tem razões suficientes para se sentir traído. Ou não?