No início desta semana Selvino Heck, assessor da Presidente Dilma, passou por aqui, retornando à Brasília depois do final de semana entre os seus. Me observa que não foi a presidente Dilma que decidiu triplicar o Fundo Partidário no orçamento de 2015, aumentando o repasse aos partidos de R$ 290 milhões para R$ 868 milhões. “Foram os partidos”, me diz Selvino. “Claro que foram os partidos, mas quem sancionou foi a Presidente Dilma”, respondo.O PT, que recebe quase R$ 200 milhões por ano nesse bolo quase bilionário, anuncia que não receberá mais doações de empresas. Agora vai receber só do governo. Uma estratégia de esperteza, pois vejo muita gente entendendo que agora as empresas não podem mais doar dinheiro para campanhas. “Cortina de fumaça”. Podem sim.O PT, tão ‘chamuscado’ por corrupção, resolveu ‘salvar’ a sigla. O partido não recebe mais doações, mas os candidatos podem receber. Entendeu?Todo dinheiro recebido antes via Fundo Partidário, desvios de dinheiro público e de empresas, conforme apurou a operação Lava a Jato da Policia Federal na Petrobras, agora será recebido de forma oficial do governo. Mas os candidatos, do PT, e de todos os partidos, vão continuar sendo ‘financiados’ por dinheiro de empresas as quais muitas vezes ficam devendo favores depois. “Encruzilhada’ da corrupção.
Sérgio Klafke
O engodo do Fundo Partidário
No início desta semana Selvino Heck, assessor da Presidente Dilma, passou por aqui, retornando à Brasília depois do final de semana entre os seus. Me observa que não foi a presidente Dilma que decidiu triplicar o Fundo Partidário no orçamento de 2015, aumentando o repasse aos partidos de R$ 290 milhões para R$ 868 milhões. […]
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